Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AMANDA MIRANDA DA SILVA
DATA: 02/12/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Departamento de Biofísica e Fisiologia
TÍTULO: IDENTIFICAÇÃO DE FATORES DE VIRULÊNCIA EM ISOLADOS DE LEISHMANIA INFANTUM
PALAVRAS-CHAVES: Leishmaniose visceral. leishmania infantum. Genome-Wide Association Study. interleucina 6.
PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:
A leishmaniose visceral (LV), também conhecida como calazar, é a forma mais grave das leishmanioses e, se não tratada, pode ser fatal. A resposta imunológica do hospedeiro é crucial para o controle da infecção, sendo a cura da LV associada à capacidade do sistema imune de montar uma resposta eficaz e equilibrada. No entanto, as respostas imunes variam entre os pacientes, resultando em desfechos clínicos distintos, como gravidade da doença e mortalidade. Fatores como a espécie de Leishmania, o perfil imunológico do hospedeiro, a exposição ao parasita e a presença de coinfecções influenciam essas
variações. A Leishmania manipula o sistema imunológico para favorecer seu desenvolvimento e sobrevivência, promovendo a produção de citocinas associadas à resposta Th2 (IL-4, IL-6, IL-10, IL-13 e TGF-β), que favorecem a sobrevivência do parasita dentro dos macrófagos. Dentre essas citocinas, a IL-6 tem se destacado como um importante biomarcador de desfechos clínicos, estando fortemente associada à progressão da LV. Pacientes com LV grave apresentam níveis elevados de IL-6 e outras citocinas pró-inflamatórias, sugerindo que uma resposta inflamatória exacerbada pode estar associada à piora clínica. Além do sistema imunológico do hospedeiro, fatores genéticos influenciam a suscetibilidade à LV. Tanto a genética do hospedeiro quanto a do parasita afetam a evolução da infecção. Variações genômicas no parasita, como aneuploidias, SNPs (polimorfismos de nucleotídeo único) e CNVs (variações no número de cópias), podem alterar a virulência de Leishmania, impactando a resposta inflamatória e os desfechos clínicos. Esses fatores genéticos têm sido associados a modificações na patogenicidade do parasita, influenciando diretamente a mortalidade. O estudo das interações entre a genética do parasita e a resposta imunológica do hospedeiro pode fornecer insights valiosos sobre os mecanismos de virulência de L. infantum, auxiliando na identificação de marcadores para intervenções terapêuticas mais eficazes. Este estudo investigou se a IL-6, como marcador inflamatório, poderia ser usada para identificar fatores de virulência pró-inflamatórios de L. infantum. Um estudo de GWAS foi conduzido em 66 isolados de L. infantum de pacientes com LV, cuja concentração de IL- 6 foi dosada. O sequenciamento genômico foi realizado, e os dados foram analisados com ferramentas como MegaBOLT, PLINK e R para identificar SNPs relacionados à IL-6. A curva ROC foi utilizada para determinar um ponto de corte para IL-6, e análises genômicas investigaram as associações entre variantes e a resposta inflamatória. Dos 66 isolados, foram identificadas 6.948 variantes, das quais 4.999 com impacto modificador, 866 com impacto moderado, 454 com impacto baixo e 22 com impacto alto. A medianade IL-6 foi de 100,90 pg/mL. Pacientes que evoluíram para óbito apresentaram níveis mais elevados de IL-6 (mediana: 170,33 pg/mL), e o ponto de corte ideal para associar IL-6 à mortalidade foi de 391,7 pg/mL. A análise GWAS identificou 722 variantes associadas à resposta inflamatória.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3525707 - DÉBORA CAVALCANTE BRAZ
Interno - 778.751.253-91 - FRANCISCO DAS CHAGAS ALVES LIMA - UESPI
Externo ao Programa - 714.494.263-87 - VLADIMIR COSTA SILVA - UFPI
Cadastrada em: 30/10/2024