O objetivo desta pesquisa foi avaliar a flexibilidade cognitiva e sua possível relação com os construtos depressão, ansiedade e estresse em estudantes universitários. Primeiramente, foi realizada a adaptação da Escala Autoperceção da Flexibilidade Cognitiva (EFC) de modo que no Estudo 1 foi realizada a análise exploratória, com amostra de 200 participantes de instituição pública com idade entre 18 anos e 35 anos ( Média= 22,99 ; DP = 4,96) e no Estudo II a análise confirmatória dos dados obtidos da amostra de 200 participantes de instituição privada com idade de 18 a 35 anos (Média = 20,84; DP = 5,66). A EFC por meio da AFE apresentou estrutura normativa adequada para uso no contexto brasileiro, com estrutura bifatorial (fator 1: dimensão estratégias funcionais e fator 2: dimensão percepção das situações) e índices gerais de consistência interna adequados (Alfa de Cronbach |α=0,80| e Ômega de McDonald |ω= 0,81|). Os resultados indicaram bom ajuste para o modelo testado, confirmando a estrutura bifatorial [χ²= 367,77, gl = 55, χ² /gl = 6,68, CFI = 0,90, TLI = 0,88, RMSEA = 0,06 (0,035-0,083)] com cargas fatoriais variando de 0,383 a 0,752 no fator 1 e de 0,372 a 0,533 no fator 2, para o total de 10 itens ao final das análises. Já o Estudo III objetivou investigar a correlação entre o construto flexibilidade cognitiva e os índices sintomatológicos de depressão, ansiedade e estresse em estudantes universitários brasileiros. Foi utilizada a Escala de Autopercepção da Flexibilidade Cognitiva (EFC), a Escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21) e o questionário sociodemográfico. Serão realizadas análises descritivas de modo a caracterizar o perfil dos participantes e inferenciais que evidenciarão o grau de relacionamento entre as variáveis.