No terrítório de abrangência da Unidade Básica de Saúde - UBD, da Ilha Grande de Santa Isabel/Parnaiba-PI, que possui duas equipes Estratégia Saúde Familiar - ESF, uma equipe do Núcleo de Apoio à Saúde da Família - NASF e uma equipe do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família - PRMSF, a gestão do trabalho dessas equipes deveria ampliar o apoio matricial em saúde mental para organização de acções de saúde na Atenção Básica - AB. Apesar dessa diretriz, - a assistência à saúde do(a) usuário(a) com sofrimento psíquico, nese contexto da psquisa que gerou este estudo, ainda é marcada por uma redução à psiquiatria, independente do problema de saúde-doença do(a) usuário(a). Isso acontece, ora pela dificuldade de imprimir atenção psicossocial de base comunitária, dada a falta de articulação dos dispositivos das Redes de Atenção à Saúde - RAS; ora por dificuldade de trabalho e gestão, dada a falta de estratégia de Educação Permanente em Saúde - EPS; ora pelas experiências de matriciamento não resultarem em Projeto Terap~eutico Singular - PTS. Diante disso, ealizamos uma pesquisa-intervenção acerca de como se configuram os processos desubjetivação em saúde e assistência às pessoas com sofrimento psíquico na Ilha Frande de Santa Isabel, objetivando cartografar processos de subjetivação em saúde de pessoas com sofrimento psíquico e a determinação social da saúde dessas pessoas a partir do olhar de usuários(as), profissionais e familiares. Tomamos a cartografia como método e modo de fazer pesquisa-intervenção; assim, para a produção das informações, as estratégias metodológicas foram tecidas por meio 03 trançados: Trançado 1- Ecomapas dos dispositivos existentes no território; Trançado 2 - Intinerários terapêuticos e de concivência dos usuários-atores da pesquisa: Trançado 3 - Fluxograma do cuidado em saúde e projeto terapêutico singular relacionado ao matriciamento. Para composição dos trançados, foram realizados 06 encontros com os profissionais da ESF, módulo 2 e 03 encontros com os profissionais da ESF, em média 40 encontros com o usuário no domicílio, 06 acompanhamentos em consultas, 01 acompanhamento em exame, acompanhamentos em demandas sócio assistenciais e jurídicas. a pesquisa contou com 25 participantes, entre profissionais da saúde, usuários com sofrimento psíquico e familiares. Para registro dessa experiência, usamos diário cartográfico e para análise dos resultados recorreremos a alguns passos da socioclínica e a ferramentas-conceitos da esquizoanálise relacionadas à produção de subjetividade e à coexistência de çinhas duras, leves-duras e leves que compõem os trançados e os processos de subjetivação. Nos resulados e discussões, ressaltamos: a) a exixt~encia do Grupo de Escuta e Acolhimento - GEA, dentre os dispositivos de atenção psicossocial de base comunitária, que atua no terrítório, ora com práticas instituintes na perspectiva do devir comum grupaliade, ora com prátricas instituídas pela ESF; b) a presença do psiquiatra na UBS, durante muito tempo, e a psiquiatrização das ações de saúde nos dispositivos da RAS potencializam a medicalização da existência; c) a análise dos processos de subjetivação cartografados a partir dos trançados e as narrativas de Flor de Cacto, Angèlica, Girassol e Estrelícia, mostram analisdores da instituição saúde e os dispositivos classe, raça e gêneto que emergem, apontando, ora para linhas leves como apoio familiar e amizade, ora para linhas leves-duras como ações de ACS e ora para linhas-duras como procedimentos clínicos de profissionais da saúde atravessados pela lógica biomédica e pelos jogos de sber e poder psiquiátricos