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Banca de DEFESA: ÁDILO LAGES VIEIRA PASSOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ÁDILO LAGES VIEIRA PASSOS
DATA: 14/09/2018
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reunião da Direção do Campus
TÍTULO: Representações sociais, hanseníase e envelhecimento: um estudo com os moradores do Hospital Colônia no Piauí
PALAVRAS-CHAVES: Representações Sociais; Hanseníase; Envelhecimento; Hospital Colônia.
PÁGINAS: 225
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A hanseníase é uma doença infectocontagiosa que possui uma história milenar, mas que somente há poucas décadas tornou-se curável. Neste sentido, ainda é possível encontrar muitas pessoas que foram diagnosticadas com a doença numa época em que o tratamento era baseado na exclusão e no isolamento, sendo os hospitais-colônia uma das principais referências deste paradigma terapêutico. Em vista disso, uma parcela dos pacientes internados nos hospitais-colônia tiveram seus vínculos familiares e comunitários rompidos e/ou fragilizados, o que os fez permanecer nestas instituições, mesmo após a descoberta da cura da hanseníase, fenômeno que também é observado no Hospital Colônia do Carpina (HCC) em Parnaíba-PI. Nesta acepção, esta pesquisa tem como objetivo geral analisar as representações sociais da hanseníase e do envelhecimento entre os moradores do Hospital Colônia do Carpina da cidade de Parnaíba-PI. Como objetivos específicos: realizar uma revisão sistemática dos estudos científicos sobre as representações sociais da hanseníase; apreender as representações sociais da hanseníase entre moradores do Hospital Colônia do Carpina; apreender as representações sociais da hanseníase entre moradores do Hospital Colônia do Carpina; e, ainda, verificar as representações sociais do Hospital Colônia do Carpina entre seus moradores. Para atender aos objetivos, foram realizados três estudos, sendo um teórico (Estudo 1) e dois empíricos (Estudos 2 e 3). De forma geral, os estudos indicaram que as representações sociais da hanseníase apresentam ideias antagônicas, pois embora evidenciem elementos ancorados no conhecimento científico e que representam a hanseníase como qualquer outra doença curável, a prevalência do significante preconceito demonstra que esta representação ainda guarda elementos da lepra. Por sua vez,a representação social do envelhecimento se ancorou num esquema conceitual associado à fase da velhice e objetivado na figura do velho. Além disso, esta representação evidencia elementos positivos e negativos. De forma positiva, a velhice foi concebida quantitativamente como sinônimo de uma vida longa. Negativamente, os entrevistados associaram esta etapa a perdas funcionais, à dependência e a conflitos. Por fim, os participantes representaram o HCC de forma positiva, ressaltando uma adequada estrutura institucional e o bom relacionamento entre moradores e funcionários. Apesar disso, esta representação também apresenta pontos de tensão, pois, para alguns moradores, viver no HCC se deve à falta de recursos físicos e materiais. Já para outros, permanecer no HCC decorre de razões subjetivas, como o apego à instituição. Estas representações refletem, sobretudo, a trajetória de um grupo de pessoas que tiveram suas vidas marcadas pelo isolamento e preconceito decorrentes do adoecimento por hanseníase e que, atualmente, já se encontram em avançado estágio de envelhecimento –75% tem 60 anos ou mais. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para o desenvolvimento de estratégias que promovam mudanças capazes de alterar os elementos negativos que estruturam as representações sociais da hanseníase e do envelhecimento, bem como que se reconheça a importância do HCC para seus moradores, haja vista a vivência de grande parte de suas vidas no interior desta instituição.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1859186 - FAUSTON NEGREIROS
Presidente - 1551072 - LUDGLEYDSON FERNANDES DE ARAUJO
Externo à Instituição - SUSANNE PINHEIRO COSTA E SILVA - UFPB
Notícia cadastrada em: 23/08/2018 09:31
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