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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAFAEL PINHEIRO DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAFAEL PINHEIRO DOS SANTOS
DATA: 19/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: (ON LINE) https://meet.google.com/iuj-wawe-asn
TÍTULO: Cartografia dos processos de subjetivação e enunciação em grupos de arte e saúde mental de pessoas com sofrimento psíquico
PALAVRAS-CHAVES: Saúde Mental, Atenção Psicossocial, Rede, Luta Antimanicomial, Esquizodrama.
PÁGINAS: 166
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Introdução: Apesar da transformações que tivemos no modelo da assistência em
saúde mental e dos avanços na garantia de direitos das pessoas com transtornos
mentais, regulamentados a partir da Lei 10.2016, de abril de 2001, a atenção
psicossocial, no Brasil, vem sofrendo vários sucateamentos, dificultando cada
vez mais o uso de ferramentas potentes como a arte no tratamento das pessoas
com sofrimento psíquico grave, seja este tratamento institucionalizado nos
Centro de Atenção Psicossociais (CAPS), ou na Atenção Básica (AB), nos
centros de convivência, e principalmente nos Pontos de Cultura. Portanto, este
estudo tem como objetivos cartografar processos de subjetivação e enunciação
em grupos de arte e saúde mental de pessoas com sofrimento psíquico, bem
como mapear processos de subjetivação em andanças de pessoas com sofrimento
psíquico pela cidade e analisar processos de (des)territorialização em arte e saúde
mental de pessoas com sofrimento psíquico. Para pensar essas questões e
ampliar a discussão, traçamos os seguintes objetivos: a) cartografar processos de
subjetivação e enunciação em grupos de arte e saúde mental de pessoas com
sofrimento psíquico; b) mapear processos de subjetivação em andanças de
pessoas com sofrimento psíquico pela cidade; c) analisar processos de
(des)territorialização em arte e saúde mental de pessoas com sofrimento psíquico.
Método e análise: O presente trabalho é uma cartografia sobre processos de
subjetivação e enunciação em grupos de arte e saúde mental de pessoas com
sofrimento psíquico, se utilizando das ferramentas e conceitos da Análise
Institucional e da Esquizoanálise. Para permitir esse processo, oito participantes
caminharam e produziram juntos e juntas comigo. São usuários e usuárias de um
Centro de Atenção Psicossocial. A intencionalidade dos encontros se deram a
partir de passeios sugeridos pelos próprios participantes, como café coletivos,
apresentações artísticas, ou exposições em feirinhas, debate com alunos
universitários, bem como a utilização do esquizodrama como ponto fundamental
do presente estudo. Resultados: As impressões dos encontros vitais nos levaram
a vivenciar uma possibilidade de promoção de uma rede de cuidado entre as
participantes, o estabelecimento/reconhecimento de novas políticas de amizade,
novas redes de apoio, suporte afetivo dos sujeitos, além dos muros institucionais
e apresentação de dispositivos relacionados ao cuidado em saúde mental, no que
tange ao processo de desinstitucionalização de pessoas com sofrimento psíquico.
No uso da metodologia esquizodramática, encontramos na dinâmica dos
encontros uma prática integrativa grupal de promoção de cuidado entre as
participantes, uma produção de uma klínica de forças presente que foi capaz de
produzir um enfrentamento às políticas da morte para a produção da vida. No
debate da intersecção gênero e raça, as lutas e as causas feministas e a implicação
na Reforma Psiquiátrica e na Luta Antimanicomial, os resultados se deram na
mesma perspectiva de produção de estratégias pelas próprias participantes da pesquisa na tentativa de superar as intensas barreiras de nossa sociedade colonial-
patriarcal-racista-homofóbica. Sobre o processo de desinstitucionalização em saúde mental, é preciso salientar que alguns fatores ainda se fazem presentes e
fortes neste processo, configurando uma dificuldade de autonomia desses
sujeitos, em certos momentos, em alguns processos de produção de saúde para
consigo, associando esse movimento do cuidado apenas às instituições de saúde.
Apesar de algumas configurações instituídas, as inúmeras possibilidades da
pesquisa cartográfica enquanto intervenção para o cuidado terapêutico nos
apresentaram inventividades que estão diretamente associadas à uma construção
desta rede de apoio, mediadas pelo uso da arte relacional ou por práticas de um
cotidiano mais vital que possibilite mais dignidade para essas pessoas que são
acometidas por um sofrimento psíquico


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA KARENINA DE MELO AARAES AMORIM - UFRN
Presidente - 2231565 - ANTONIO VLADIMIR FELIX DA SILVA
Interno - 1402780 - GUILHERME AUGUSTO SOUZA PRADO
Notícia cadastrada em: 11/02/2024 12:25
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