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Banca de DEFESA: HOSANIRA RIOS COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HOSANIRA RIOS COSTA
DATA: 27/07/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet (remoto)
TÍTULO: Cartografia de Processos de Subjetivação em Contextos de Vida Precária e de Perda por Suicídio
PALAVRAS-CHAVES: Cartografia; vida precária; suicídio; luto por suicídio
PÁGINAS: 164
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

Introdução: Vivemos em um permanente estado de exceção que caracteriza o capitalismo e a produção de subjetividade na contemporaneidade. Um dos efeitos disso é a produção de modos de vidas precárias, vidas que estão na linha tênue do humano e inumano e que acabam sendo reduzidas à sobrevivência. Nesse contexto, a produção de subjetividade capitalística e o Estado articulam políticas de controle da vida e políticas de morte, agenciando processos de subjetivação segmentados em regimes de sujeição que podem levar, entre outras saídas, a suicídios. Diante disso, como se constituem os modos de subjetivação e intervenção de profissionais junto a pessoas em situação de vulnerabilidade e
violência auto infligida e a familiares que vivenciam luto relacionado à perda por suicídio? Como se produz vida diante da violência auto infligida e diante da perda por suicídio? Objetivos: a) Cartografar processos de subjetivação e intervenção de profissionais em contextos de vida precária e de perda por suicídio; especificamente: b) Conhecer processos de subjetivação e intervenção em contextos de perdas; c) Caracterizar processos de subjetivação e intervenção de profissionais em contextos de vida precária e de perdas por suicídio; e d) Analisar processos de subjetivação e intervenção de profissionais em contextos de perdas. Método: utilizamos a Cartografia como método de pesquisa qualitativa em psicologia e a Esquizoanálise como dispositivo de análise dos processos de subjetivação e intervenção cartografados, ou seja, para análise dos lineamentos molares, maleáveis e de fuga que se interconectam simultaneamente e formam linhas da vida. Dessa forma, utilizamos ferramentas-conceitos, dentre
as quais: processos de subjetivação, vida precária, luto, vida nua, sofrimento ético-político. Participaram da pesquisa oito profissionais que trabalham com políticas públicas e em diferentes setores nos territórios da cidade de Parnaíba-PI. Os dispositivos de produção de informações da cartografia foram oficinas virtuais realizadas pela plataforma Google Meet, durante os meses de agosto e setembro do ano de 2020, por meio dos seguintes objetos relacionais da arte: poesia e prosa, texto em cena e esquizodrama com intervenções em cena. Resultados e discussão: das narrativas dos profissionais emergiram três analisadores: culpabilização da mulher diante da morte por suicídio; mulher com sofrimento psíquico e usuária de psicotrópico chegando sozinha ao serviço de atenção psicossocial; violência contra a mulher, silenciamento e falta de apoio social. Todas as análises partiram de mulheres que estavam em sofrimento e desejo de não viver ou em processo de luto por suicídio. A precarização da vida dessas mulheres incluiu: violência de gênero, no âmbito doméstico-familiar, silenciamento, além da sobrecarga de cuidar de tudo sozinha. As mulheres são mais culpabilizadas quando perdem alguém por suicídio, o que dificulta a vivência saudável do luto e a criação de linhas de cuidados. A masculinidade hegemônica, afirmadas por homens e mulheres, as instituições das violências, a negligência do Estado e as necrobiopolíticas deixam morrer, fazem matar e agenciam a morte por suicídio. Conclui-se, diante das análises dos processos de subjetivação e enunciação, que as intervenções dos profissionais ora reproduzem práticas instituídas na rede de atenção psicossocial, ora se reinventam instituindo processos inventivos e criativos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA KARENINA DE MELO AARAES AMORIM - UFRN
Presidente - 2231565 - ANTONIO VLADIMIR FELIX DA SILVA
Interno - 2140896 - LANA VERAS DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 07/07/2021 09:12
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