A presente dissertação objetiva apreender e analisar as representações sociais de idosos gays acerca do envelhecimento masculino, idoso gay e homofobia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva-exploratória de corte transversal, de forma que a amostra será não-probabilística e por conveniência. Participaram 20 homens gays idosos com idades entre 60 e 75 anos, média de 63,25 (DP=3,58). Para apreensão dos dados, realizou-se uma entrevista semiestruturada sobre envelhecimento masculino, idoso gay e homofobia que foram analisadas mediante o programa IRAMUTEQ, que realiza a classificação hierárquica descendente. Sobre o envelhecimento masculino esta análise dividiu as representações sociais dos participantes em classes de proximidade lexical, que resultaram em quatro classes: mudanças biopsicossociais, negação da velhice, aceitação das mudanças e cuidar para ter saúde. As representações sociais dos participantes exibem o conhecimento sobre as mudanças que culminam a velhice, assim como, a negação destas mudanças. E ainda, a preocupação com a sexualidade, associando a masculinidade a ereção. Em suas representações sociais, eles abordam soluções para lidar com as dificuldades que surgem na velhice, como o autocuidado. No estudo sobre idosos gays, as representações sociais foram divididas em cinco classes. A primeira expressa o preconceito da sociedade. A segunda e terceira ancoram numa nova fase da vida e que ser idoso gay é diverso, depende do que cada um construiu. A quarta e quinta focalizam no gostar de homens e nas particularidades de ser gay. Evidenciou-se preocupação com questões de saúde, solidão e características da prática sexual. Percebe-se que a homofobia internalizada está presente em suas representações sociais e que este estigma moldou o estilo de vida destes idosos.