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Banca de QUALIFICAÇÃO: CARLOS EDUARDO SOARES REIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CARLOS EDUARDO SOARES REIS
DATA: 29/11/2019
HORA: 15:40
LOCAL: Sala de Aula do Mestrado
TÍTULO: Sofrimento, Infância e Contemporaneidade: compreensões de estudantes de Psicologia
PALAVRAS-CHAVES: Infâncias; Sofrimento; Contemporaneidade.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A graduação em Psicologia oferece aos seus alunos uma diversidade de perspectivas sobre a relação entre pessoa e mundo, inclusive, quando esse entrelaçamento acarreta diferentes modos de sofrer. A pluralidade do humano e a tentativa de sua compreensão faz a psicologia transitar por diferentes disciplinas fazendo emergir críticas quanto a formação do psicólogo principalmente no que concerne a um ensino que privilegia uma visão endógena de fenômeno psíquico, individualista e a-histórica, em detrimento das influências históricas, sociais, culturais e econômicas nas experiências de sofrimento. Instigado por essas discussões e somado à vivência profissional do autor, o projeto de pesquisa objetiva compreender as concepções de estudantes de psicologia sobre o sofrimento infantil contemporâneo. Para alcançarmos esse intuito discutiremos os aspectos que caracterizam a sociedade contemporânea; descreveremos as problematizações emergentes da infância atual; e analisaremos as concepções de psicólogos em formação sobre o sofrimentos das crianças. A escolha pela infância se justifica pelas discussões encontradas na literatura relacionadas aos atravessamentos que perpassam o corpo infantil como, por exemplo, as influências da publicidade, da cultura do consumo, dos campos de saberes especializados, da medicalização e patologização das crianças que tem como representante mais evidente a expansão do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) e a prescrição mais frequente do medicamento metilfenidato. Essas discussões estão contextualizadas em um momento histórico que é composto por um tecido social e cultural agenciado pelo capitalismo. Nesses termos, a contemporaneidade é caracterizada sobretudo por uma sociedade individualista que privilegia: o aparente e a imagem (a sociedade do espetáculo) o que esclarece o potente papel das mídias sociais e da publicidade; uma inclinação a valores que idolatram a performance produtiva que desagua no excesso de consumo e na recusa de sentimentos e emoções aflitivas e pesarosas; adjunto a isso, o excessivo consumo de psicotrópicos que auxiliam na manutenção ou na retomada do ritmo de uma sociedade acelerada induzida pela sofisticada captura, nas palavras de Suely Rolnik (2018), do inconsciente colonial capitalístico. Dessa forma, as crianças não estão alheias a esse prisma do cenário atual o que possibilita implicações no entendimento do modos de sofrer. Diante disso, surge o nosso problema de pesquisa: Como os estudantes de psicologia tem compreendido os sofrimentos nas infâncias contemporâneas? Em vista disso, elegeremos uma abordagem metodológica de cunho qualitativo e descritivo, utilizar-se-á como instrumento de coleta de dados a entrevista em profundidade a partir da seguinte pergunta disparadora: “O que você acha que faz as crianças sofrerem hoje?. Essa questão será direcionada aos discentes do último ano de graduação do curso de psicologia da Universidade Federal do Piauí/Campus Ministro Reis Velloso. Para analisar os dados aplicar-se-á Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin (2016). O presente trabalho está de acordo com a resolução 466/12 e 510/16 do Conselho Nacional de Saúde e aguarda parecer do Comitê de ética em pesquisa com seres humanos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2231565 - ANTONIO VLADIMIR FELIX DA SILVA
Externo à Instituição - ERICA ATEM GONÇALVES DE ARAÚJO COSTA - UFC
Presidente - 2140896 - LANA VERAS DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 14/11/2019 08:38
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