O presente estudo tem como objetivo analisar e sintetizar a informações obtidas na literatura acerca dos fatores associados a COVID-19 e gestantes, por meio de uma revisão sistemática; e investigar os conhecimentos e atitudes de gestantes atendidas na APS do município de Parnaíba-PI. Foi realizada uma pesquisa sistemática da literatura, e um estudo de campo, do tipo observacional, analítico e transversal, desenvolvido com a amostra de gestantes (n= 70), que realizavam acompanhamento pré-natal na APS. Realizou-se uma pesquisa sistemática em dezembro de 2020, em quatro bases de dados: PubMed, Web of Science, Scopus e BIREME/LILACS, utilizando a ferramenta PECO e os termos MESH “Pregnant women”, “COVID- 19”, “prenatal “e correlatos. Seleção de estudos: A pesquisa revelou 1.245 estudos. Apenas artigos primários originais publicados em inglês, português ou espanhol, com desenho de estudo quantitativo (estudos de coorte, caso-controle, transversal ou longitudinal) ou estudos de métodos mistos foram incluídos nesta revisão. Os estudos deveriam abranger gestantes expostas à pandemia da COVID-19 ou os fatores associados. Um total de 23 estudos atenderam aos critérios de inclusão. Coleta de dados: Os revisores selecionaram os títulos e resumos de acordo com os critérios de elegibilidade e realizaram a extração dos dados. O risco de viés e a qualidade dos estudos foram avaliados usando a Escala de Newcastle-Ottawa (NOS). Resultado: o fator mais prevalente associado a COVID-19 foram modificações no estado mental das gestantes, especialmente aumento de sintomas de ansiedade ou depressão, seguido de modificações clínicas, como maiores taxas de hospitalização e internação em UTI. Além disso, algumas etnias demonstram serem mais vulneráveis neste cenário. Conclusão: gestantes vivenciando a pandemia da COVID-19 ou infectadas com o vírus são clínica e psicologicamente mais vulneráveis, principalmente algumas etnias (negras e hispânicas).A segunda parte do estudo trata-se de uma pesquisa de campo, na qual a coleta de dados se estendeu de abril a outubro de 2021, e se deu a partir de um questionário adaptado da Pesquisa de Conhecimentos e Atitudes, composto por três partes principais: informações sobre características sociodemográficas, histórico obstétrico e perguntas com conteúdo sobre conhecimento e atitude em relação à COVID-19. Posteriormente, foi realizada uma análise estatística, do tipo descritiva através da leitura das frequências absolutas (N) e relativas (%). Os testes estatísticos do qui-quadrado e binomial foram utilizados para testar a hipótese de associação entre os níveis de conhecimento e atitude de gestantes com as características sociodemográficas. Resultados: Somente foi detectada associação significante entre as variáveis atitude e estado civil, tendo as mulheres solteiras maior índice de atitude negativa perante a COVID-19. Conclusão: Embora a maioria das participantes do presente estudo apresentem conhecimento adequado e atitude positiva sobre a COVID-19, encontram-se preocupadas com sua saúde de seus bebês.
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