A Cultura de Segurança do Paciente (CSP) tem sido considerada por estudiosos da Ciência da Segurança como um indicador estrutural básico, facilitador de iniciativas que objetivam a redução de riscos de incidentes e de eventos adversos (EA). Uma Cultura de Segurança Positiva é considerada elemento fundamental na busca por ambientes terapêuticos, comportamentos e resultados de segurança para os trabalhadores de saúde e para os pacientes. Embora a CSP seja considerada um fator que afeta todos os processos e defesas do sistema de saúde, existem obstáculos para o seu fortalecimento, e seu estudo na Atenção Primária à Saúde (APS) ainda é residual, deixando uma lacuna no conhecimento, a qual suscita o imperativo de ampliar escopos de estudo que possibilitem transpor evidências científicas em cuidados seguros. Objetiva-se analisar publicações científicas sobre CSP na APS, e sintetizar e avaliar suas relações com fatores e tecnologias organizacionais que agreguem valor clínico, econômico e/ou social nos contextos de saúde. Para isto, será realizado um estudo bibliométrico e revisão integrativa, a partir das bases de dados Scopus, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE/PubMed), Embase e Web of Science (WOS). Utilizar-se-á a Estratégia PICo: Problema de Saúde, Fenômeno de Interesse e Contexto, com descritores combinados através de conectores booleanos OR e AND, seguindo as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Para coleta, gerenciamento, extração e síntese das informações relevantes utilizar-se-á a Plataforma Escritha®. Na Revisão integrativa, serão criados mapas temáticos com os fatores organizacionais relacionados à CSP de acordo com os domínios do Modelo de Yorkshire, e as tecnologias adotadas serão classificadas em leves, leves-duras e duras.