Este estudo consiste em uma pesquisa teórica por meio de revisão de literatura com o objetivo de discutir o exercício ao direito à saúde de pessoas travestis e transexuais à luz das teorias contemporâneas de saúde e gênero. Foi consultada base bibliográfica portal da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e adotado o referencial teórico queer na discussão. Observou-se que normas de gênero calcadas no binarismo e o paradigma patologizante são orientadores das práticas de saúde, reforçando as iniquidades nos níveis macro e microestruturais da sua determinação social. As violências estrutural e simbólica permeiam as relações de cuidado em saúde. Conclui-se pela necessidade de ações em educação permanente e formação em saúde, protagonizada pelas pessoas trans e mediadas pelas instituições de ensino superior para o enfrentamento dos obstáculos ao exercício ao direito à saúde.