A proposta dessa dissertação é investigar a verdade no pensamento de Heidegger como forma de desvelamento e velamento do sentido do ser. Pretendemos contextualizar o sentido que a verdade assume no pensamento do autor, a partir da viragem (Kehre). Seguimos o percurso feito por Heidegger em sua obra A origem da obra de arte (1936) no qual o filósofo encontra uma nova concepção de verdade, ligada a abertura promovida pela obra de arte. Além disso, buscamos explicitar a estreita relação entre o embate mundo e terra, que estabelece o aparecimento da verdade na arte. Heidegger aponta, nessa obra, uma via de acesso para acontecimento da verdade que o ajudará a compreender a linguagem como morada poética do ser. A linguagem poética, propõe uma experiência “viva” da linguagem, sendo essa experiência não conceitual, mas originária e criadora. Assim, diante de tais considerações, mais do que apenas acompanhar e analisar o pensamento heideggeriano, esse texto objetiva estruturar a experiência poética da linguagem como fruto do filosofar originário que sustenta a verdade. Assim, o acontecimento da verdade se dá no movimento de desvelamento e velamento aberto pela obra de arte.