Durante toda a sua existência, o homem é ensinado como se portar perante aos que o cercam,
imitando pensamentos, atitudes e comportamentos que lhe foram repassados por outros. Com
oadventodaModernidade,foramcriadosmecanismosqueobjetivavamcontrolaros
indivíduos e seus modos de viver aprisionando assim, suas subjetividades. Em seu terceiro
domínio teórico, denominado Estética da existência, Michel Foucault, toma o caminho
contrário, resgatando conceitos da Antiguidade greco-romana que propunham ao homem
voltar o olhar para o seu interior, através de diversas práticas físicas e espirituais, para que
através das experiências diárias, moldasse o seu modo de viver, através de um processo que
ele nomeia de subjetivação. Esta pesquisa tem cunho bibliográfico e busca investigar nas
obras do terceiro domínio de Foucault, a constituição de si no âmbito do processo de
subjetivação conceituando e caracterizando as práticas de si, a relação entre subjetividade e
verdade e a articulação dos aspectos éticos e políticos da Estética da existência. O trabalho
está fundamentado em algumas obras do legado tardio de Foucault, (2010; 2011; 2012; 2016;
2020) que detalham o processo de subjetivação e práticas de si; e também se apoia em textos
de outros filósofos e comentadores especializados na área de Estética da existência como
Candiotto (2008; 2010), Díaz (1993), Muchail (2021), dentre outros.