O presente trabalho pretende abordar – através dos pensamentos de Duhem (1861- 1916), Quine (1908-2000) e Popper (1902-1994) – importantes considerações na área da filosofia da ciência. Por meio da apresentação das teses holísticas elaboradas por Duhem e Quine, que consideram não uma hipótese tomada individualmente o elemento necessário para a realização de um teste de uma teoria, mas a conjunção dessa hipótese com uma grande variedade de hipóteses auxiliares muitas vezes implícitas, faremos uma distinção entre o holismo introduzido por Duhem e Quine. Popper surgirá nessa dissertação em consequência dos desafios que o holismo coloca em seu critério de falseabilidade das teorias científicas; portanto, esse trabalho também envolverá a tese falsificacionista de Popper como critério de demarcação entre ciência e as chamadas pseudo-ciências, além de problemas no tocante da condição empírica de enunciados singulares e o modo como são testados. Por último, a partir do que foi visto em Duhem, Quine e em Popper, será realizado um confronto entre a tese falsificacionista de Popper com as teses holísticas apresentadas por Duhem e Quine para apontar que Popper esteve ciente das dificuldades implantadas pelo holismo.