Introdução: A falta da prática de exercícios físicos e o aumento de hábitos sedentários, influenciam diretamente a desfechos de diversos problemas de saúde. O crescimento de sobrepeso e obesidade em jovens representa um problema de saúde pública. Existem evidências que adolescentes acima do peso tendem a fomentar insatisfação em relação ao corpo, onde muitas vezes recorrem às práticas extremas. Objetivo: Analisar a influência da inatividade física sobre as condições de saúde de estudantes adolescentes. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional e analítico, por meio de dados secundários extraídos da Amostra 2 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. Foram incluídos 10.926 adolescentes de ambos os sexos, com idade de 13 a 17 anos. Resultados: Os resultados apresentaram que 50,5% dos adolescentes eram do sexo masculino, com idade média de 14,8 (±1,36) anos e 60,6% de cor não branca. Foi verificado que 52,5% dos adolescentes relataram ter problemas de saúde, estado nutricional de eutrofia (75,1%). A inatividade física foi prevalente em 67,6% dos estudantes e o sentimento de insatisfação em relação ao corpo foi de 31,8%. Os dados evidenciaram que a inatividade foi relacionada apenas com o sentimento de insatisfação em relação ao corpo, a idade, o sexo feminino e ser da cor não-branca é um fator de proteção. Adolescentes inativos da região Sul têm chances aumentadas em 29% de apresentarem problemas de saúde. Conclusão: A inatividade física foi associada a insatisfação com a imagem corporal, ao sexo feminino e aumenta com a idade. Esses fatores devem ser levados em conta no planejamento de estratégias de intervenções que visem o aumento da prática de atividade física e de hábitos saudáveis nas escolas. Trata-se de um ponto de partida para a promoção das condições de saúde por meio da redução da inatividade física em adolescentes.