O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de condições socioeconômicas na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de pré-escolares de escolas públicas e particulares na cidade de Teresina, Piauí. Delineou-se um estudo transversal com 566 pares de crianças de 5 anos e seus pais/responsáveis. Utilizou-se um questionário validado PedsQLTM 4.0 Generic Core Scale e Oral Health Scale e outro com perguntas sobre características socioeconômicas, estilo de vida e condições de saúde. Foi realizada analise bivariada dos dados e em seguida colocados no Modelo de regressão de Poisson, em que os resultados foram apontados em razão de Taxas ajustadas (RTajus). A baixa renda familiar foi associada a pior qualidade de vida relacionada à saúde bucal e aos domínios capacidade física, aspecto emocional, aspecto social e atividade escolar. Melhores médias de qualidade de vida geral e nos domínios do PedsQL™ foram encontradas nas crianças da escola privada. Baixa escolaridade da mãe foi associada a menor QVRSB associadas a menores médias no PedsQL nos domínios aspecto emocional e atividade escolar. Após análise ajustada, as únicas variáveis que permaneceram associadas à baixa QVRSB foi a baixa escolaridade da mãe e do pai. Crianças com acesso à água encanada obtiveram 1,08 vezes mais chances de prevalência de melhor QVRSB, comparada aos domicílios sem água encanada. O domínio da atividade escolar apresentou piores pontuações com baixa percepção de qualidade de vida – QV no relato das crianças e dos pais/ responsáveis. No modelo de regressão final, pior QVRSB foi associada pelas crianças a baixa escolaridade da mãe e do pai.