MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO ACOMPANHAMENTO DA TUBERCULOSE
Tuberculose. Biossegurança. Enfermagem. Conhecimento. Atitude. Prática.
A tuberculose (TB), pelas graves implicações sociais que acarreta, constitui-se em um grave problema de saúde pública e pode estar relacionada ao trabalho. A vulne-rabilidade ao adoecimento está relacionada ao conhecimento sobre a doença, às medidas de prevenção e de biossegurança, diagnóstico e transmissão da doença. A TB é sensível à ação dos profissionais, portanto estes devem estar qualificados para fazer o atendimento e acompanhamento dos portadores da doença, adotando um comportamento seguro sem comprometer a sua saúde. Assim, objetivou-se analisar o conhecimento, atitude e prática dos profissionais de enfermagem relacionados com as medidas de biossegurança da TB na estratégia saúde da família (ESF). Tra-ta-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa do tipo transversal, desenvolvido com 158 profissionais de enfermagem da ESF de Teresi-na- Piauí. A coleta de dados aconteceu de janeiro a abril de 2016, por meio de ques-tionário adaptado do modelo de inquérito CAP-TB (Conhecimento, Atitudes e Práti-cas – Tuberculose). Os dados foram digitados e analisados através do SPSS, ver-são 21, e do software estatístico livre R, versão 3.3.1 e resumidos em tabelas de fre-quência. A associação entre as variáveis e de igualdade entre proporções foram tes-tadas através do teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância (p<0,05). A força das associações entre as variáveis foi aferida pela razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança (IC=95%). A amostra foi constituída por 158 profissionais de enfermagem, na sua maioria (33,5%) na faixa etária de 31- 40 anos, com predo-minância do sexo feminino (93,7%). Sendo 83 (52,5%) enfermeiros; 81 (51,9%) refe-riram a participação em capacitação para TB e 65 (41,1%) tinham mais de 10 anos de experiência na ESF. O conhecimento relacionado à biossegurança para TB foi inadequado. A análise da associação entre conhecimento, atitude e prática adequa-da entre os profissionais de enfermagem da ESF demonstrou que, o profissional que não tem conhecimento adequado está mais propenso a adotar práticas inadequadas e não houve diferença significativa dos que foram classificados com atitudes ade-quadas, de se referir a práticas adequadas. A indisponibilidade da máscara, porque ninguém adota, a falta de orientação, a falta de cobrança, para não causar constran-gimento ao paciente, porque a máscara é desconfortável ou inapropriada, foram atribuídos como motivos para não adesão às medidas de biossegurança. Diante do exposto, com vistas à redução da exposição dos profissionais aos riscos oriundos da sua atividade laboral, é imprescindível reforçar, através de educação permanente e continuada, a importância da biossegurança para a garantia de práticas seguras no ambiente de trabalho que protejam a si mesmos e aos pacientes.