No final de 2019, uma nova doença, semelhante a uma pneumonia, surgiu na China. Em janeiro de 2020, casos da doença foram registrados fora desse país, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar estado internacional de emergência em saúde pública. A enfermidade é causada por um novo coronavírus e foi denominada COVID-19. É digno de nota o aumento do consumo de álcool em vários países, durante a pandemia. O consumo excessivo de álcool enfraquece o sistema imunológico e diminui a capacidade do organismo de combater as doenças infecciosas bacterianas e virais, como a COVID-19, podendo elevar o risco de infecção durante a pandemia. OBJETIVO: Avaliar o consumo de álcool por adultos durante a pandemia por COVID-19. MÉTODOS: Trata-se de um estudo analítico e transversal. A amostra foi realizada por conveniência. Foram incluídos indivíduos adultos brasileiros, com idade entre 18 e 59 anos que permaneceram no país desde o início da pandemia. Os dados foram coletados por meio do Formulário de Caracterização e Alcohol Use Disorders Identification Test, através de “Formulários Google”. O formulário eletrônico foi enviado por e-mail e pelas redes sociais WhatsApp, Instagram e Facebook. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, atendendo as diretrizes da Resolução 466/12. RESULTADOS: Serão apresentados em forma de artigo científico, a ser submetido a Revista Brasileira de Enfermagem. Observou-se que o consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia por COVID-19 foi mais frequente entre adultos brasileiros do sexo masculino e na faixa etária de 20 a 59. Observou-se, também, uma parcela significativa de adultos que realizam consumo de álcool de risco, alto risco e possível dependência de álcool. Verificou-se os fatores associados ao consumo de bebidas alcoólicas foram sexo (p=0,001), faixa etária (p-valor=0,003), escolaridade (pvalor=0,002) e situação conjugal (p-valor=0,006). Por sua vez, o uso problemático esteve associado ao sexo (p-valor=0,001), faixa etária (p-valor=0,002), situação conjugal (p-valor=0,012) e religião (p-valor=0,010). CONCLUSÃO: Conclui-se que são necessárias estratégias no contexto da saúde coletiva, sobretudo, relacionadas ao rastreamento desse consumo para que, assim, as equipes de APS possam atuar na detecção precoce do risco de dependência ao consumo de álcool, e atuar na redução da morbimortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool, conforme é preconizada como ação prioritária na Política Nacional de Promoção da Saúde.