De acordo com os princípios estabelecidos pela Agenda 2030, reconhecendo-se o uso de energia como um dos aspectos ambientais gerenciáveis em uma organização e a Eficiência Energética como alternativa aos impactos socioambientais da expansão da geração de energia, dada a dificuldade de encontrar dados de consumo de energia subsetoriais e inspirado no Programa Brasileiro de Etiquetagem, essa pesquisa teve como objetivo geral: desenvolver Etiquetas de Conservação de Energia baseadas no consumo da eletricidade para benchmarking e conformidade da Gestão Energética em Instituições de Ensino Superior multicampi. Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica e documental com o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí como objeto de estudo e dados coletados nas faturas de energia do período de 2016 a 2019, correlacionando-os com variáveis que medem suas atividades para: avaliar a eficácia do Programa Brasileiro de Etiquetagem em Instituições de Ensino Superior; executar o diagnóstico energético preliminar da instituição; calcular Índices de Eficiência Energética Relativa para os campi, estabelecendo Níveis de Eficiência; estabelecer metas para o aumento da Eficiência Energética; propor um novo modelo de Rotulagem Ambiental Tipo II para Instituições de Ensino Superior multicampi; analisar da expansão da utilização de fontes alternativas de energia nestas instituições. Comprovou-se a ineficácia do programa na etiquetagem de edificações, sobretudo em Instituições de Ensino Superior. Detectou-se o mau gerenciamento do uso de energia na instituição analisada e verificou-se que o desenvolvimento de pesquisas em eficiência energética pode trazer impactos positivos nestas instituições, devendo ter continuidade. Pôde-se utilizar a desagregação das faturas de energia e a Análise Envoltória de Dados para determinar indicadores, índices e níveis de eficiência energéticas para os campi de Instituições de Ensino Superior, que foram sintetizados em um novo modelo de rotulagem ambiental Tipo II para o benchmarking e gestão energética. Além desta etiquetagem, constatou-se a viabilidade técnica e os benefícios ambientais, com discutível viabilidade econômica, do sistema fotovoltaico instalado na instituição analisada. Porém, detectou-se condições favoráveis para a atual expansão do sistema, fornecendo orientações para a contratação de novos sistemas através de dados de atlas solarimétricos, e deu-se retorno para a comunidade acadêmica. Por fim, espera-se que os resultados encontrados tragam impactos positivos no desempenho ambiental das instituições, sensibilizando a comunidade acadêmica para questões ambientais e estimulando a introdução de outras Instituições de Ensino Superior nos estudos, além da aplicabilidade da metodologia a outras organizações multisites e outros aspectos ambientais.
Link de acesso à sala: https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/jose-machado-moita-neto