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Banca de QUALIFICAÇÃO: KELLY POLYANA PEREIRA DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: KELLY POLYANA PEREIRA DOS SANTOS
DATA: 24/11/2015
HORA: 09:00
LOCAL: SALA DE REUNIÃO DO TROPEN
TÍTULO:

ETNOBOTÂNICA E ETNOZOOLOGIA DA COMUNIDADE DE PESCADORES ARTESANAIS DO MUNICIPIO DE MIGUEL ALVES, PI/BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

 Etnobotânica. Etnozoologia. Pescadores Artesanais. Conhecimento Tradicional.


PÁGINAS: 133
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Nas comunidades tradicionais de pescadores artesanais evidencia-se uma importância cultural de sobrevivência através do uso sustentável dos recursos naturais. Assim, investigou-se o conhecimento etnobotânico e etnozoológico dos pescadores artesanais da comunidade de Miguel Alves/PI, filiados à Colônia Z- 14, visando conhecer e registrar o modo de uso e diversidade dos recursos animais (peixes) e vegetais com usos medicinais, além de registrar a cultura e a realidade socioeconômica da comunidade. O município de Miguel Alves localiza-se entre as coordenadas (04º09'56" S e 42º53'43" W), e abriga a sede da colônia Z-14, que  possui 440 associados, destes, apenas 366 pertencem ao município. A metodologia definiu-se em entrevistas semiestrururadas, observação direta, registro fotográfico, conversas informais registradas em diário de campo e tabulação e análise quantitativa dos dados. Entrevistou-se 183 pescadores, 61% do gênero masculino e 39% do feminino. Há uma participação das mulheres na pesca que pode ser direta (pescando com os maridos) ou indireta (concertando pescado ou fabricando artefatos de pesca). A escolaridade dos indivíduos entrevistados aponta para um índice baixo, pois mais de 59,49% possuem apenas o ensino fundamental incompleto. Em relação à moradia, 92,4% apresentam residência própria e 7,6% moram de aluguel ou em casas cedidas pelos parentes ou amigos, apesar de ser uma comunidade carente, os pescadores possuem situação de moradia razoável, o que pode ser explicado pelos auxílios governamentais que a maioria dos pescadores recebem. Os pescadores da região possuem uma renda média mensal de R$ 460,25, com um tempo médio de pesca de 26 anos, praticamente durante toda a vida se utilizaram da pesca como principal atividade econômica. 100% afirmam estarem satisfeitos com a profissão, 49,36% dos pescadores produzem artesanalmente artigos para consumo próprio ou venda, difundido entre as seguintes categorias: artefatos de pesca (40,5%), fabricação de canoas (5,06%), produção de remédios caseiros (2,53%) e bordado (1,27%). Os pescadores apontaram diversos problemas que afetam o rio Parnaíba: desmatamento nas margens do rio, soterramento de lagoas, assoreamento, poluição com produtos químicos e irrigação. Os pescadores utilizam a pesca como atividade principal de geração de renda, porém muitos deles realizam atividades secundárias a fim de aumentar o orçamento familiar, a principal atividade complementar é a agricultura. Na comunidade, constatou-se que há um programa de educação ambiental voltada para a valorização e respeito aos recursos naturais, essa programação é desenvolvida pela prefeitura municipal em conjunto com a colônia de pescadores Z-14 e o IBAMA. Os pescadores artesanais demonstraram vasto conhecimento em relação à atividade pesqueira, devido provavelmente ser esta atividade exercida prioritariamente. Os entrevistados possuem um conhecimento detalhado acerca da dinâmica e classificação dos peixes. Observa-se uma situação de fragilidade, quando se refere à estrutura orçamentária e educacional, o que exige providências imediatas a fim de que lhes sejam assegurados o mínimo de conforto e qualidade de vida. A cultura e a religiosidade da comunidade são valorizadas e seus princípios são transmitidos pelos pescadores mais experientes.  A educação ambiental é realizada como objetivo de conscientizar os pescadores a usar de forma sustentável os recursos que os cercam.

 

Palavras- chave: Etnobotânica. Etnozoologia. Pescadores Artesanais. Conhecimento Tradicional.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCO SOARES SANTOS FILHO - UESPI
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo ao Programa - 047.115.993-04 - JOSE LUIS LOPES ARAUJO - UFPI
Presidente - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 18/11/2015 09:39
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