INOVAÇÃO AMBIENTAL e O ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DE SOJA NO CERRADO PIAUIENSE
Aprendizado inovativo. Cooperação. Sustentabilidade. Produção de
grãos. Cerrado.
A presente investigação tem como tema a inovação ambiental e o arranjo
produtivo local de soja no cerrado piauiense, conteúdo que se mostra
relevante por conta das externalidades geradas pela produção granífera no
sudoeste do Piauí. Sendo assim, a questão norteadora desta pesquisa centrou-se em
como as inovações ambientais desenvolvidas no APL de soja no cerrado piauiense,
em particular em Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Ribeiro Gonçalves e Uruçuí,
configuram-se em indutoras à sustentabilidade econômica, social e ambiental? Isto
posto, esta tese objetivou analisar como as inovações ambientais empreendidas
pelas empresas produtoras de soja nos municípios de Baixa Grande do Ribeiro, Bom
Jesus, Ribeiro Gonçalves e Uruçuí, do cerrado piauiense, possibilitam a
sustentabilidade econômica, social e ambiental. Especificamente identificou-se e
caracterizou-se as empresas produtoras de soja no Piauí; analisou-se o sistema de
produção, o perfil inovativo e a competitividade das empresas produtoras de grãos do
cerrado piauiense; configurou-se o APL de soja do estado; e analisou-se as inovações
ambientais adotadas pelas empresas da região. Para tanto, utilizou-se a abordagem de
Arranjo Produtivo Local (APL) por esta considerar a inovação, a cooperação e a
aprendizagem por interação, como fatores decisivos para atingir a competitividade
sustentada. Quanto aos procedimentos técnicos, a investigação utilizou-se de pesquisa
bibliográfica, documental e de pesquisa de campo. Partindo-se da problemática
exposta, concluiu-se que a produção granífera, no APL de soja do cerrado piauiense,
induziu, ainda que de forma incipiente, à sustentabilidade econômica, social e
ambiental. Econômica pois, originou um fluxo regular de investimento público e
privado, resultando em ganhos econômicos para os indivíduos inseridos direta, ou
indiretamente, na atividade. Social, na medida em que, com investimentos públicos,
ainda que parcos, proporcionou a interorização de cursos técnicos e superiores,
melhorando o nível educacional da população e, com investimentos privados,
treinamentos e capacitações contribuíram para a qualificação da mão de obra local.
No tocante à sustentabilidade ambiental, a pesquisa ratificou a Hipótese de Porter,
pois ocorreu de forma dependente das exigências provenientes das regulações legais
ou da determinação do mercado, dando a estes papel fundamental na mitigação dos
impactos ambientais decorrentes da atividade granífera.