A expansão urbana de Teresina tem causado impactos ambientais no rio Poti incompatíveis com as orientações da Agenda 2030 no tocante aos recursos hídricos e saneamento. Buscando-se subsidiar o processo da tomada de decisão no gerenciamento ambiental preventivo e/ou corretivo dos impactos ambientais, propõe-se avaliar e monitorar a eutrofização e a proliferação de plantas aquáticas no rio Poti, que ocorrem no período seco do ano, a partir da integração de dados dos satélites Sentinel-2 e in situ de clorofila-a. A metodologia de recuperação e mapeamento da concentração de clorofila-a envolveu a modelagem integrada da reflectância da água nas imagens Sentinel-2 com dados in situ de clorofila-a, por meio dos algoritmos bio-ópticos Chl-1, Chl-2, Chl-3, MCI, MPH e NDCI, assim como o NDVI, no caso da reflectância da vegetação aquática. Os índices que obtiveram o melhor desempenho pontual na recuperação da clorofila-a foram o Chl-2 e NDCI. O NDVI se mostrou apropriado para a detecção de aguapés. Conforme os resultados, a relação entre as bandas B04 e B05 é a mais indicada para a recuperação de clorofila-a no rio Poti e, no final do período seco, foi mapeado um tapete verde de 570.145,6 m² e uma produção de 6.408,4 toneladas de biomassa fresca de aguapés. Concluiu-se que mediante uso de algoritmos empíricos e semiempíricos é viável o uso do sensor MSI na detecção da eutrofização e plantas aquáticas no rio Poti. Portanto, este estudo disponibiliza subsídios metodológicos para o monitoramento automatizado da qualidade da água deste importante recurso hídrico.
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