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Banca de DEFESA: VERÔNICA MARIA E SILVA PEREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VERÔNICA MARIA E SILVA PEREIRA
DATA: 30/11/2021
HORA: 14:30
LOCAL: AMBIENTE VIRTUAL
TÍTULO: “Que pode o corpo negro e periférico?”: (r)existências de jovens mulheres na Universidade Federal do Piauí (UFPI)
PALAVRAS-CHAVES: (R)existências. Jovens Mulheres Negras. Interseccionalidade. Ensino Superior Público. Universidades Ocidentalizadas. UFPI. Sociopoética
PÁGINAS: 171
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Esta pesquisa nasce das minhas implicações pessoais e acadêmicas, tendo como bases teóricas o pensamento de intelectuais negras/os, o feminismo negro e as teorias decoloniais. O tema-gerador são as (r)existências de jovens mulheres negras e periféricas, estudantes da graduação na Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Teresina, Piauí. O objetivo geral foi produzir e analisar confetos (conceitos perpassados por afetos) sobre as vivências e (r)existências de jovens mulheres negras e periféricas na UFPI. A metodologia utilizada foi a abordagem sociopoética – uma teoria e prática filosófica de pesquisa grupal que percebe os saberes populares e acadêmicos iguais em direitos e que utiliza de dispositivos artísticos para pesquisar com o corpo todo. Através de oficinas em ambiente virtual, o grupo-pesquisador produziu dados (produções plásticas e relatos orais), que foram posteriormente analisados. O estudo transversal dos dados revelou duas linhas de pensamento predominantes: 1) os problemas da identidade das mulheres negras e periféricas; 2) os sentidos de pertencimento na UFPI. O estudo também apontou que um corpo negro ocupando a universidade ainda incomoda muita gente e é visto com estranhamento e preconceitos, julgado com base em estereótipos que dificultam ou impedem a autonomia do ser. Para fazer parte do espaço e dos grupos – mesmo que sem realmente pertencer a eles – é necessária adequação, adaptação e assimilação. Então, a identidade da mulher negra e periférica se configura como uma questão a partir da qual ela tem a possibilidade de pertencer ou se sentir pertencente ao ambiente. Esta mulher – que não é uma, mas várias – se expressa, se relaciona e ocupa a universidade através de múltiplos devires e performances do seu corpo-capagelatinoso conforme os lugares ocupados, as pessoas encontradas e os sentimentos de pertencimento. Ser uma mulher negra e periférica na UFPI é ser: um corpoforasteiro-da-encruzilhada que ora é observado, ora é invisibilizado; um corpoocupante-da-encruzilhada que invade um espaço que não lhe pertence, mas o ocupa mesmo assim. A passagem pela encruzilhada é uma ponte-início-meio-fim, etapas e processos onde o corpo atravessa vários obstáculos-caminhos-desconhecidos impostos ao corpo negro, além de diversos outros obstáculos como: poço-buracoestranheza, buraco-vazio-solidão, buraco-de-sempre, labirintos-desafios, rio-espaçoprivilegiado. Diante de tantos desafios e obstáculos, que pode o corpo negro e periférico das jovens mulheres na UFPI? Ele pode (r)existir através das suas múltiplas potências – cria seus próprios mecanismos, constrói afetos com semelhantes, dança, pula, voa, é resiliente, é flexível, se resguarda, sobe as paredes dos labirintos, sai dos buracos, se transforma, se metamorfoseia, se recria, se reinventa, é um corpo que se recusa a ficar parado ou desistir.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CAROLINA RUOSO - UFMG
Interno - 1167589 - FRANCISCO DE OLIVEIRA BARROS JUNIOR
Presidente - 4221710 - MARIA ROSANGELA DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 20/11/2021 11:08
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