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Banca de DEFESA: CAROLINA ALVES LEITE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINA ALVES LEITE
DATA: 26/06/2017
HORA: 09:00
LOCAL: SALA - 317/SALA DE DEFESA/CCHL
TÍTULO: MÃES EMPODERADAS: A MATERNIDADE EM GRUPOS DE APOIO A MÃES EM TERESINA.
PALAVRAS-CHAVES: maternidade. empoderamento. Identidade.
PÁGINAS: 173
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

O estudo teve como objetivo investigar e entender os sentidos da maternidade para mulheres-mães, que se relacionam em grupos de apoio as questões de maternidade, e como respondem aos dilemas e conflitos que esta as obstina, a partir do contato com ideias sobre feminino em grupos de mães via rede social. A pesquisa esclarece se realmente é constituída a identidade de mãe, como ela é construída e de que forma contribuições feministas moldam os pensamentos dessas mulheres, enquanto mães e como sujeitas de direito no exercício de suas individualidades. Os dados foram coletados através de entrevistas individuais com 15 (quinze) mães que participam de grupos de apoio à maternidade, baseadas na associação de ideias sobre maternidade e empoderamento, além de observação participante em encontros dos grupos de mães, nos quais elas interagem também pessoalmente. Em seguida, foi realizada analise de discurso parasse trabalhar com os sentidos que as mães dão à maternidade, indicando as ideologias, as historias e a linguagem por trás das falas. O pressuposto analítico que norteia o estudo é o empoderamento feminino, que conquistado através da interação das mães nos grupos de WhatsAapp, guia a construção da identidade de mãe e possibilita o enfrentamento das dificuldades da maternidade. O aporte teórico de discussão é composto pela interlocução entre literatura e teoria feminista, abordagem de gênero e teoria social, estendendo-se nos campos do poder, corpo, família e toda a relação com a maternidade. A analise dos dados revela que as mães passam por muitos obstáculo nas fases iniciais da trajetória materna e, ao superarem cada um deles, vivenciam a maternidade empoderada, que acaba se tornando uma identidade que elas sustentam como forma de darem sentido a suas maternidades, ressignificando os cuidados com os/as filhos/as, tradicionalmente designados às mulheres, e convertendo a maternagem e a identidade de mãe em empoderamento. A partir da ideia de que a mulher detém o dom da natureza e que encontram nela o poder para seguir sua prerrogativa, as mães pesquisadas utilizam-se, acima de tudo, de informação e conhecimento sobre elas mesmas e sobre o mundo a sua volta para assumirem e exercerem esse modelo de maternidade. Com a fácil troca de informações promovida pelos aplicativos de conversação como o WhatsApp, o compartilhamento de experiência entre mulheres se tornou maior e mais rápido e, consequentemente, mais mulheres tiveram contato com ideias feministas quando se veem na condição de mulheres e mães reprimidas em situações diversas de violência, desigualdade e abuso. Desse modo, essas mães procuram viabilizar respostas para o enfrentamento dessas situações e veem uma saída conquista do empoderamento, concretizado com a rejeição do sistema que impõe e limita a maternidade dessas mulheres e a vivencia da maternidade empoderada e intensiva. Não se conformando em serem submissas, as mulheres barram as forças coercitivas que tentam interferir em seu protagonismo, defendem não somente a ideia de vivencia todos os aspectos da maternidade de forma ativa, mas também como uma maneira de lutar contra dominação e alienação, na família, com a divisão sexual do trabalho, na sociedade, com o senso comum, e no discurso médico androcêntrico, com o poder cientifico legitimado. As mães resistem.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 4221710 - MARIA ROSANGELA DE SOUZA
Interno - 1550487 - MARY ALVES MENDES
Externo ao Programa - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Notícia cadastrada em: 13/06/2017 09:17
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