Este trabalho visa fazer um estudo da implementação da Política de Saúde Mental na cidade de Teresina e de sua rede de atenção psicossocial, com o intuito de compreender se esta promove a desinstitucionalização de seus usuários, conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde e os princípios éticos do Movimento da Luta Antimanicomial. Traz como objetivo geral: analisar a implementação da política de saúde mental de Teresina, no período de 2005 a 2016, em sua contribuição para a desinstitucionalização dos usuários de saúde mental. E como objetivos específicos: compreender o processo de implementação a política de saúde mental em Teresina; averiguar se o modelo de implementação da política de saúde mental em Teresina está alinhada com os objetivos propostos pela Reforma Psiquiátrica brasileira; compreender a política de saúde mental de Teresina a partir de sua rede de atenção psicossocial. Considera que desinstitucionalizar vai para além da desospitalização e remete à inclusão da loucura na agenda da cidade, na construção de redes sociais no território, na promoção de direitos e cidadania, na transformação das relações de poder entre os usuários e as instituições, o que remete a uma transformação que impacte e ressoe na vida dos usuários e na sociedade em geral. O presente estudo está delineado em uma perspectiva qualitativa de pesquisa, ancorada na modalidade de pesquisa de campo. Usará como instrumentos de coleta de dados a análise documental e entrevistas semiestruturadas e para a interpretação dos dados das entrevistas será utilizada a Análise Temática ou Categorial. Considerando que a desinstitucionalização deve ser considerada como um processo político, o qual não pode ser desvinculado da luta pela transformação da sociedade. É preciso construir um espaço social para outras formas de subjetivação, com novos ‘Territórios Existenciais’, onde as pessoas possam existir e coexistir, onde a diferença possa ser acolhida e vivenciada, não se tornando sinônimo de doença ou perigo