QUALIDADE DO SOLO SOB MANEJO CONVENCIONAL EM DIFERENTES ANOS DE CULTIVO E MATA NATIVA NO CERRADO PIAUIENSE
plantio convencional, degradação, soja, índice de qualidade do solo.
A produção agrícola brasileira vem se destacando nas áreas sob bioma de Cerrado devido aos ganhos significantes na produção e produtividade nessas áreas. No entanto, o modelo de produção com uso intensivo de máquinas por vários anos provoca alterações drásticas nos indicadores do solo diminuindo sua qualidade. Neste trabalho, objetivou-se determinar o índice de qualidade do solo em áreas de Cerrado piauiense com 1 (PC1), 3 (PC3) e 6 (PC6) anos de plantio convencional, por meio de alterações nos indicadores físicos, químicos e biológicos em relação a uma Mata de Cerrado (MN). Os resultados mostram que os sistemas de manejo com maior tempo de uso do solo (PC3 e PC6) apresentaram aumento da densidade do solo e da resistência à penetração, e menor porosidade total, enquanto que PC1 mostraram valores intermediários. Verificou-se aumento da fertilidade do solo nas áreas com maior tempo de exploração e a área de MN apresentou uma pobreza química. O carbono orgânico total mostrou-se sensível com o tempo, visto que a mudança foi gradual conforme o uso do solo, sendo o menor valor encontrado em PC6. Os valores do carbono da biomassa microbiana (CBM) foram consistentemente mais elevados no solo sob vegetação natural, indicando a ocorrência de efeitos adversos de monocultura manejada por plantio convencional sobre essa variável. O solo sob PC6 mostrou o maior valor de qCO2 na profundidade de 0 a 0,10 m que demonstra a baixa eficiência dos microrganismos em converter os resíduos orgânicos em biomassa microbiana neste sistema. O ordenamento dos ambientes para a qualidade de solo, através dos valores encontrados no índice de qualidade do solo, revelou que os sistemas poucos manejados ficaram próximos ao ambiente de referência. O manejo convencional utilizado contribuiu para a perda de qualidade de solo desses sistemas que aumentou com o tempo de uso.