As perdas de solo foram calculadas em uma sub-bacia, onde estão ocorrendo mudanças no uso do solo e aumentando a área de pastagens e lavouras. O objetivo desse estudo foi quantificar o transporte de sedimentos e perda de solo na sub-bacia hidrográfica do Riacho Corrente dos Matões, a partir dos dados sedimentométricos. A bacia hidrográfica localiza-se na região sudoeste do Piauí, onde o agronegócio está em pleno. Para a quantificação do transporte de sedimentos foram realizadas campanhas de medição direta durante os anos de 2018 e 2019, em duas seções representativas no riacho Corrente dos Matões, denominadas de Corrente dos Matões (montante) e Barra Verde (jusante), seguindo a metodologia da amostragem por igual incremento de largura (IIL), utilizando-se o amostrador DH-48 para amostragem do sedimento em suspensão. Para quantificar a perda de solo foi utilizada a Equação Universal de Perda do Solo (USLE), associada a Sistemas de Informações Geográficas, que permitiu estimar a erosão, sob variadas condições de uso e cobertura do solo, declividade, comprimento de rampa, tipos de solo e chuva, por meio da elaboração de mapas temáticos. Observou-se a ocorrência de maiores concentrações de sedimento na Seção Corrente dos Matões de 107,10 mg L-1 ocorrendo com uma vazão de 0,54 m3 s -1e na seção Barra Verde a maior concentração de 99,28 mg L-1, no período chuvoso, com vazão variando de 0,31 a 0,39 m3 s -1, acontecendo em 4 campanhas. Entre os tipos de uso do solo, foi observado a maior perda de solo em solo descoberto e agricultura, onde é responsável pela maior taxa de erosão do solo 35 t/ha−1 ano −1 , seguida por pastagens de 18 t/ha−1 ano −1 , seguida pelo campo Cerrado/Campo sujo de 10 t/ha−1 ano −1 , e mata ciliar de 6,34 t/ha−1 ano −1. A produção de sedimentos da sub-bacia foi baixa nas duas seções. A estimativa mostra que as maiores perdas de solo estão associadas com uma maior declividade e solo descoberto, o que comprova que o riacho não está recebendo os sedimentos da perda de solo.