Atualmente no Brasil, 87% do N2O liberado à atmosfera é proveniente da agricultura (Signor e Cerri, 2013), o Cerrado nordestino, tem apresentado nos últimos 20 anos grande expansão, no entanto sendo necessário estudos que avaliem o papel da agricultura local nas emissões de GEE. Com isso o devido trabalho objetiva avaliar a dinâmica dos fluxos de N2O em sistemas de produção de grãos, e identificar a relação desses fluxos com os atributos físicos e químicos do solo. O trabalho foi realizado no cerrado nordestino, município de Bom Jesus, PI. Os tratamentos constaram de diferentes sistemas de cultivo de grãos conduzidos sob sistema de semeadura direta: soja (SO), milho (MI), consórcio de milho e braquiária (MB) e como sistema de referência o Cerrado nativo (CN). A área experimental era de aproximadamente 0,5 ha, com quatro repetições. Para a coleta dos gases utilizou-se o método da câmara estática, onde foram instaladas a uma distância de 20 metros. A concentração de N2O foi calculada por meio de regressões lineares; a emissão total foi realizada atráves da estimagem em dias nãos medidos, sendo calculada através da estatística descritiva (média e erro padrão). Foi realizado amostragem da temperatura do solo e do ar, umidade do solo, e coletado solo para determinação da densidade, e dos teores de amônio, nitrato e pH do solo. A fim de se observar a influência das variáveis físicas e químicas do solo sobre as emissões de N2O, utilizou-se a análise multivariada por meio da técnica da análise dos componentes principais (ACP), apresentada por meio dos gráficos BIPLOT. Realizou-se também análise de correlação de Pearson, para constatar as possíveis correlações entre essas variáveis. Os tratamentos que apresentaram o maior fluxo de N2O foram milho e consórcio milho e braquiária. Os menores fluxos ocorreram nos tratamentos de soja e Cerrado nativo. Os maiores fluxos de N2O correlacionaram-se com o nitrato e o amônio disponíveis no solo, permitindo afirmar que a adubação nitrogenada, aumenta os fluxos de N2O no solo.