O crescimento dos setores agrícola e industrial tem aumentado a demanda dos elementos terras raras (ETRs) para a produção de dispositivos tecnológicos e de fertilizantes, portanto, o acúmulo desses elementos no solo pode se tornar uma preocupação ambiental. Nesse contexto, os objetivos do trabalho são: i) determinar o teor natural de ETRs em solos do RN; ii) avaliar a influência dos elementos maiores e das propriedades físicas e químicas do solo na distribuição dos ETRs; iii) elaborar os mapas de distribuição espacial dos ETRs em solos do RN. As concentrações de lantânio (La), cério (Ce), praseodímio (Pr), neodímio (Nd), samário (Sm), európio (Eu), gadolínio (Gd), itérbio (Yb), lutécio (Lu), disprósio (Dy), érbio (Er), hólmio (Ho), térbio (Tb), túlio (Tm), ítrio (Y) e escândio (Sc) foram determinadas por Espectroscopia de emissão óptica de plasma indutivo acoplado (ICP-OES/Optima DV7000, Perkin Elmer). Os elementos maiores foram determinados por espectrometria de fluorescência de raios X (FRX). A concentração média de ETRs em solos do RN seguiu a ordem: Ce > La > Nd > Pr > Sm > Gd > Dy > Er > Yb > Eu = Tb > Ho > Lu. O pH do solo e o CO não exerceram influência na concentração de ETRs em superfície. Isso sugere que a composição química da matéria orgânica e a interação dos compartimentos químicos desta com os ETRs é mais importante que a concentração total. Também ficou evidente que o efeito da concentração de argila se sobrepõe em relação ao efeito do carbono orgânico. Dentro dos minerais na fração argila, a elevada correlação entre o Fe2O3 e os ETRs indica que os óxidos de ferro governam predominantemente a distribuição dos ETRs nos solos do RN.