Produção de mudas de espécies florestais utilizando resíduos orgânicos
Bagana de Carnaúba. Composto Orgânico. Paú de Buriti
A cobertura florestal do Brasil tem sido intensamente degradada, especialmente nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, onde remanescentes de floresta nativas foram reduzidos a 8,6%; 9,3%; 15,3% e 36,7%, respectivamente, da área originalmente existente (FOWLER, 2000). Vastas extensões territoriais de florestas sofreram enormes transformações no último século (RODRIGUES et al., 2004). A fragmentação dessas florestas é na maioria das vezes, um processo antrópico, resultando em mudanças na composição e diversificação das comunidades que nela habitam (SANTOS et al., 2013). As espécies florestais nativas são de suma importância na integração e manutenção da biodiversidade, tanto na composição dos ecossistemas, como nas interações com a fauna e funções correlacionadas com a conservação hidrológica e pedológica (RODRIGUES et al.,2004). Com base nesse cenário, o plantio de árvores para fins econômicos e ambientais é indispensável, sendo realizado principalmente através de mudas (MORAES NETO et al., 2003). Assim em razão da ocupação de terras com futuros plantios florestais de forma equilibrada, faz-se necessário produzir, avaliar e selecionar substratos de fácil aquisição e que atenda às exigências das espécies (OLIVEIRA et al., 2008). Neste sentido, objetivou-se avaliar o crescimento inicial e qualidade de mudas de Anadenanthera macrocarpa (angico preto), Parkia platycephala (fava-de-bolota) e Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong (tamboril) utilizando diferentes substratos compostos orgânicos.