A erosão hídrica promove a perda de solo, e as suas consequências variam de acordo com a sua severidade. No entanto, esta (erosão hídrica) pode ser combatida através de práticas culturais. Neste sentido, foi desenvolvido um estudo com o intuito de avaliar as perdas de solo por erosão hídrica em sistemas de preparo do solo sob chuva simulada. Assim, foi desenvolvido um estudo na estação experimental do Campus Professora Cinobelina Elvas da Universidade Federal do Piauí, em Bom Jesus-PI, em delineamento experimental DBC, com parcelas subdivididas no tempo e quatro repetições. As parcelas eram constituídas por três métodos de preparo do solo: preparo convencional do solo, cultivo mínimo e semeadura direta sem revolvimento do solo; as subparcelas foram constituídas por 10 intervalos de tempo sob chuva simulada, com intensidade de 68 mm h-1 (6, 12, 18, 24, 30, 36, 42, 48, 54 e 60 minutos), totalizando 120 unidades experimentais. O volume de água escoado em cada intervalo foi utilizado para estimar a infiltração e determinar a perda de solo. A menor infiltração e maior escoamento superficial foram observados no plantio convencional, com valores de 32,9 mm e 33,9 mm, respectivamente. Já o solo tratado com a semeadura direta apresentou escoamento e infiltração intermediários (25,4 e 41,5 mm, respectivamente), no entanto, a menor perda de solo (0,12 Mg ha-¹), maior densidade e teor de silte. Observou-se que após uma chuva intensa (68 mm h-1), o solo da semeadura direta apresentou uma menor perda da quantidade de solo por erosão em comparação ao solo preparado para plantio convencional e cultivo mínimo. Já plantio convencional implica em uma menor infiltração, maior escoamento superficial de água e maior perda de solo. Diante dos resultados, conclui-se que o preparo conservacionista com menor revolvimento reduz as perdas de solo por erosão hídrica.