O câncer é um grupo de doenças caracterizado pelo crescimento descontrolado de células. Apesar dos avanços na medicina ao longo dos anos, o câncer ainda é uma das principais causas de morte globalmente. Devido às propriedades farmacológicas, pesquisas com produtos naturais são valorizadas, e os polissacarídeos, em especial os arabinogalactanos, têm se destacado por sua baixa toxicidade, alta biocompatibilidade e propriedades benéficas, como ação antidiarreica, antitumoral, anti-inflamatória e imunomoduladora. Este estudo teve como objetivo investigar o potencial antitumoral da goma da amburana (Amburana cearensis) em camundongos BALB/c transplantados com câncer colorretal murino (CT26.WT). Para isso, células da linhagem CT26.WT foram inoculadas por via subcutânea na região axilar esquerda dos camundongos. Posteriormente foram realizados tratamentos diários com as doses de 50 e 100mg/kg/dia da goma da amburana (GAmb). Camundongos do grupo negativo receberam solução salina diariamente, enquanto o grupo positivo recebeu 5-Fluorouracil (5-FU, 20mg/kg) em dias alternados. Ao final do tratamento, foram coletados baço, fígado e rins, assim como a massa tumoral para as análises biométricas e macroscópicas. Os resultados obtidos mostraram crescimento tumoral inibido no grupo controle positivo, porém nos grupos tratados com a GAmb, o tumor cresceu de forma semelhante ao controle negativo (salina), indicando ausência de atividade antitumoral por parte desse arabinogalactano. Alguns estudos vêm mostrando atividade antitumoral de arabinogalactanos no modelo e nas doses testadas. No entanto, nossos resultados não demonstraram tal efeito. Adicionalmente, corroborando com a literatura, a GAmb não apresentou efeitos tóxicos relacionados à alteração de peso do animal, assim como dos órgãos avaliados, exceto fígado. Os resultados sugerem que a goma da amburana não teve um efeito antitumoral significativo em camundongos BALB/c transplantados com CT26.WT.