Uma crescente aquisição da resistência de bactérias, fungos e parasitas aos antimicrobianos convencionais vêm se tornando um grande problema de saúde mundial gerando um impacto negativo sobre a maneira de tratar estas infecções e com isto surge uma necessidade urgente de novas abordagens terapêuticas. Antifúngicos disponíveis no mercado exibem efeitos colaterais indesejáveis ou induzem a resistência fúngica, sobretudo em indivíduos imunodeprimidos. Dentro desse contexto, os estudos com vegetais se mostram de suma importância, para conferir às plantas seu real papel e valor na terapia, a procura de alternativas de tratamento, além da redução dos efeitos adversos e dos custos. Cryptococcus é um gênero de fungo com distribuição mundial, composto por mais de 38 espécies, das quais, duas, C. neoformans e C. gattii, são responsáveis por causarem doenças em seres humanos, denominada criptococose. A criptococose acomete principalmente indivíduos que convivem com HIV/AIDS, e, portanto, com sistema imune comprometido. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar diversos extratos e em diferentes solventes, provenientes de cinco espécies de plantas da microrregião de Parnaíba contra cepas de C. neoformans e C. gattii. Foi avaliada a atividade antifúngica de extratos brutos de Aroeira (Myracrodruon urundeuva), Carnaúba (Copernicia prunifera), Ciúme (Calotropis procera), Copaíba (Copaifera coriacea), Pião-Bravo (Jatropha mollissima) por meio do teste de microdiluição em caldo. Os resultados abrirão caminho para testes posteriores, como, por exemplo, a triagem fitoquímica e o isolamento e identificação dos compostos, por meio da cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC).