A mucosite é uma inflamação que ocorre na mucosa de revestimento da cavidade oral, causada por um efeito citotóxico ao tratamento com 5-Fluorouracil (5-FU). Há estudos que mostram que por meio da administração da L-Cisteina, ocorre a produção de Sulfeto de Hidrogênio (H 2 S), tendo ação gastroprotetora, antiflamatória e cicatricial. Tendo em vista estas propriedades, o objetivo desta pesquisa foi investigar o efeito protetor da L-Cisteína no modelo de mucosite oral induzido por 5-FU em hamsters. Pesquisa de cunho experimental, exploratória, descritiva e explicativa. Foram selecionados 30 hamsters divididos em 6 grupos (n=6) :( Normal, recebeu solução salina a 0,9%, i.p) ;( Trauma Mecânico); (5- (FU)) ;( L-cisteína 10mg); (L-cisteína 20mg); (L-cisteína 40mg), (esses receberam doses de 60 e 40 mg/kg de 5-FU nos dias 1 e 2, e no 4º dia foi feito escoriações nas mucosas jugais direitas dos animais, no 5º e 6º receberam por via intraperitoneal a L-cisteína nas concentrações de 10,20 e 40 mg). Para análise dos dados foi feita avaliação macroscópica, histológica, sobrevida, ponderal, espessura da derme, contagem de fibroblastos, de mastócitos, dosagem de MDA, porcentagem de colágeno, imunohistoquimica para Cox 2 . Observou-se que a L-cisteina nas doses de 10 e 40 mg/Kg foram capazes de prevenir e reverter as alterações promovidas por 5-FU. Por conseguinte a dose eletiva de L-Cisteína foi a de 40 mg/kg pois apresentou aumento significativo no número de fibroblastos, espessura da derme, porcentagem de colágeno (p<0,005). Quanto aos níveis de Cox 2 no grupo de L-Cisteína 40 mg/Kg, observou-se uma diminuição significativa (p<0,005) na imunomarcação para Cox 2 quando comparado com o grupo 5- FU, assim como a diminuição no número de mastócitos(p<0,005). Então, conclui-se que a L-Cisteína na dose de 40 mg/kg teve efeito protetor aumentando o número de fibroblastos, espessura na derme, porcentagem de fibras de colágeno e diminuindo os níveis de MDA e Cox 2.