Síntese verde via micro-ondas de nanopartículas de prata utilizando goma do cajueiro modificada por carboximetilação
goma do cajueiro, micro-ondas, nanopartículas
O uso de materiais biológicos tais como, extratos de plantas, gomas, leveduras, fungos, bactérias e borrachas, tem sido investigado na síntese de nanopartículas metálicas. Utilizar materiais biológicos em substituição a reagentes severos, empregados na síntese de nanopartículas, surge como tentativa de encontrar condições mais amenas que viabilizem sua utilização em aplicações biológicas, dentro deste contexto, tais sínteses vêm sendo denominadas de “síntese verde”. A goma do cajueiro, atualmente, tem sido submetida a alterações químicas no intuito de aprimorar sua capacidade de redução e estabilização das Nanopartículas de Prata (AgNPs). Dentre as rotas de redução da prata, o uso de micro-ondas vem se destacando por ser um método de síntese verde com a vantagem de possuir um tempo de reação relativamente curto e com boa porcentagem de conversão. A síntese de AgNPs foi realizada pela mistura de soluções de AgNO3 (1 mM) e goma de cajueiro a 0,3% m/v com pH previamente ajustado a 10 ou 11 (com ou sem modificação por carboximetilação). Em seguida, a solução foi submetida à ação de micro-ondas durante 3 minutos. As AgNPs formadas foram caracterizada por espectroscopia na região do UV-visível, Dinamic Light Scattering (DLS), Microscopia Eletrônica de Transmissão e Absorção Atômica. A atividade antimicrobiana foi realizada pela determinação da concentração inibitória mínima (CIM) das AgNPs sobre as bactérias Staphylococcus aureus e Escherichia coli pelo método de microdiluição em caldo no qual os micro-organismos foram submetidos à ação das AgNPs em concentrações que variaram de 250 a 15,8 μM. O nitrato de prata e a goma de cajueiro também foram avaliadas para fins de controle.