O crescente número de infecções provocadas por microrganismos patogênicos e resistentes tem estimulado o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas que substituam antibióticos ineficientes. Com isso, as nanopartículas de prata (AgNPs) têm sido foco de interesse crescente, devido às suas propriedades antimicrobianas exclusivas. A síntese verde de AgNPs, incorpora o uso de materiais biológicos (plantas, animais, fungos, algas e bactérias), ou partes deles, como agentes redutores e estabilizadores. O látex, um dos produtos vegetais que vem sendo utilizado nessa abordagem, contém uma variedade de compostos quimicamente complexos, que por sua vez, estão envolvidos na redução dos íons de prata para a formação de NPs. Proteínas extraídas látex da planta Plumeria pudica tem sido utilizado para obtenção de AgNPs, com interessante potencial frente a bactérias e fungos. Por espectroscopia UV-vis a síntese de AgNP-SV foi confirmada e estas permaneceram estáveis até 120 dias. Apresentaram diâmetro médio de 42,71, índice de polidirpersividade de 0,1794, potencial zeta de -35,92 em meio aquoso e morfologia esférica. Os testes biológicos mostraram que as AgNP-SV são eficientes contra isolados clínicos de bactérias Gram negativas resistentes e fungos levedureformes, promoveram alterações morfológicas nos microrganismos. Não apresentou potencial hemolítico.