Estudo de associação dos polimorfismos rs7903146 e rs12255372 do gene TCF7L2 com a diabetes do tipo 2 em indivíduos do nordeste brasileiro.
TCF72L; rs7903146; rs12255372; Diabetes; Risco.
Estima-se que cerca de 200 milhões de indivíduos sofram de diabetes tipo 2 em todo o mundo e acredita-se que o rápido crescimento na prevalência desta doença seja resultado da combinação de fatores ambientais, como o aumento do consumo de alimentos e a diminuição da atividade física, agindo em indivíduos geneticamente predispostos. Duas variações polimórficas dentro do gene TCF7L2, os polimorfismos de base única (SNP, do inglês single nucleotide polymorphims) não codificantes rs7903146 (C/T) e rs12255372 (G/T) demonstram uma forte associação com a diabetes tipo 2 em diferentes estudos populacionais. Neste estudo, investigamos a associação dos SNPs rs7903146 e rs12255372 com a diabetes tipo 2 em uma população miscigenada do nordeste brasileiro. Nossos resultados indicam que as frequências genotípicas e alélicas dos SNPs TCF7L2 rs7903146 e rs12255372 nos grupos caso e controle foram similares (p > 0,05) e que as frequências alélicas destas variações não demonstraram associação significativa com o risco da ocorrência de diabetes tipo 2 (rs7903146, OR = 0,95; IC = 0,52 – 1,76; p = 1,00 e rs12255372, OR = 1,38; IC = 0,72 – 2,62; p = 0,41). Esses dados sugerem que os SNPs TCF7L2 rs7903146 e rs12255372 podem não contribuir significativamente para a suscetibilidade à diabetes em nossa população. No entanto, não podemos ignorar a possibilidade dos nossos resultados terem sido reflexo no pequeno número de indivíduos estudados. Alternativamente, esses resultados podem ser atribuídos a efeitos étnicos específicos, pois a maioria das associações anteriores tem sido relatada em estudos com populações de constituição predominantemente europeia. Por esses motivos, mesmo que não tenhamos sido capazes de indicar uma associação significativa dos SNPs TCF7L2 rs7903146 e rs12255372, uma fraca associação não pode ser descartada. Portanto, para uma conclusão definitiva acerca do papel dessas variações na diabetes tipo 2 em populações miscigenadas, justificam-se os esforços de replicação da metodologia aqui adotada em uma grande grupo populacional proveniente de regiões com histórico de cruzamento interétnico.