A escolha da fitoterapia como opção de tratamento é crescente nos últimos anos, e deriva principalmente dos efeitos adversos causados por fármacos sintéticos e pela preferência dos consumidores por tratamentos mais "naturais". O primeiro fitomedicamento produzido no Brasil, o Acheflan®, tem como base o óleo essencial da espécie Varronia curassavica Jacq e possui propriedade antiinflamatória. A padronização desse óleo essencial deve ser em torno de 2,3-2,9% de alfa-humuleno, principal substância responsável por seu potencial farmacológico. A instabilidade das sustâncias químicas que compõem o óleo essencial de plantas medicinais pode dificultar a obtenção de um produto padronizado. O objetivo do presente estudo foi averiguar fatores inerentes ao processo extrativo e as características do material vegetal, como a idade da planta, que possam interferir no rendimento e composição química do óleo essencial de V. curassavica extraído por arraste à vapor em escala industrial. Os resultados obtidos até o momento demonstraram um rendimento de extração médio de 0.0945%. As composições químicas das amostras de óleo essencial da erva-baleeira analisadas por GC/MS apresentam algumas diferenças. O teor de alfa-humuleno presente na amostra advinda da extração da planta com 04 meses de idade foi de 2,04% enquanto o teor da amostra extraída da planta de 10 meses foi de 2,35%. A análise estatística dos dados demostrou diferença significativa entre os teores de alfa-humuleno nas amostras analisadas. Os dados preliminares obtidos da análise anatômica do limbo foliar foram corroborados por autores que fizeram o mesmo estudo utilizando a erva-baleeira cultivada em acessos de outros estados. A continuidade do estudo é necessária para maior esclarecimento da influência que o método de extração e a idade da planta exercem sobre seu rendimento e constituição química.