Diversas são as intervenções a fim de melhorar os comprometimentos de memória de trabalho
em pacientes que sofreram acidente vascular encefálico. Em geral, os déficits na memória de
trabalho são proeminentes na fase crônica em lesões da rede frontoparietal, levando a
decréscimo na magnitude dos subsistemas envolvidos. Entretanto, ainda não foi estudado se a
intervenção com o treinamento da percepção temporal promove melhora na memória de
trabalho e na atividade cortical na região frontoparietal. Desse modo, o objetivo deste estudo
foi investigar o impacto do treinamento da percepção temporal na memória de trabalho em
pessoas que sofreram acidente vascular encefálico. Para esta preposição foi selecionada uma
paciente com acidente vascular encefálico que participou do grupo com e sem treinamento, os
quais realizaram tarefa de percepção do tempo e de memória de trabalho visuoespacial. Nos
resultados foi constatado que o efeito do tratamento observado neste estudo indica que
pacientes com déficits de memória de trabalho após AVE são capazes de se beneficiar do
treinamento com tarefas de estimativa do tempo. Diante disso, pode-se concluir que há
melhoria na memória de trabalho visuoespacial após tratamento com percepção temporal em
pessoa com AVE, além da associação entre desempenho da memória de trabalho
visuoespacial e a percepção do intervalo de tempo.