Cecropia pachystachya Trecul., conhecida popularmente como embaúba, umbaúba, árvore da preguiça ou torém e pertencente a Urticaceae, além de ser utilizada em projetos de reflorestamento, é usada para o tratamento de afecções respiratórias, tratamento de coqueluche, asma, hepatopatias e adjuvante no tratamento do Diabete mellitus como hipoglicêmico, diurético, anti-hemorrágico e cardiotônico. Diante do potencial farmacológico, objetivou-se identificar as principais atividades farmacológicas de C. pachystachya através da prospecção científica e tecnológica e identificar, nos extrato etanólico e metanólico de folhas, os metabólitos secundários, além de avaliar a atividade antibacteriana, potencial antioxidante frente ao radical livre DPPH e a toxicidade aguda em Artemia salina, bem como avaliar atividade anti-inflamatória em modelo murino. A prospecção científica realizou-se através de consultas nas bases de artigos: Web of Science, Scopus e Scielo, no período de 2007 a 2022, a prospecção tecnológica foi realizada por meio da busca nas bases: ESPACENET e WIPO. Os descritores utilizados foram: “Cecropia”, “Cecropia pachystachya”, “Cecropia AND biotechnology”, “Cecropia AND pharmacology” e “Cecropia AND treatment”. Os extratos etanólico e metanólico de folhas de C. pachystachya foram testados em quatro cepas de bactérias, Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli e Salmonella typhimurium. Utilizou-se as técnicas de verificação de determinação das concentrações inibitórias e bactericidas mínimas. A capacidade antioxidante será determinada pelo método de sequestro de radicais do 2,2-difenil-1-picrilhidrazilo (DPPH) em concentração de 100μL. A avaliação da atividade anti-inflamatória seguirá a metodologia de edema de pata e peritonite em modelo murino. A toxicidade foi determinada pela concentração letal média (CL50) após 24h de exposição das larvas de A. salina aos extratos. O Brasil foi o país que apresentou o maior número de publicações tanto na base de dados da Web of Science quanto na Scopus. A ESPACENET se destaca com o maior número de patentes para o descritor “Cecropia”. Os testes bacterianos evidenciaram potencial bactericida e bacteriostático frente as cepas de S. aureus e S. epidermidis, e bacteriostático frente a E. coli e S. typhimurium. Pode-se verificar o potencial bacteriostático dos extratos frente todas as cepas e bactericida em diferentes concentrações frente as cepas de S. aureus e S. epidermidis para os extratos etanólico e metanólico. Os testes de toxicidade evidenciaram que as concentrações utilizadas dos extratos são “não tóxicos” para Artemia salina. O teste de atividade antioxidante através do sequestro do radical livre de DPPH e avaliação da atividade anti-inflamatória, ainda não foram realizados. Apesar das evidências etnobotânicas do uso medicinal do táxon, bem como seu potencial farmacológico comprovado em outros estudos, ainda se faz necessária a investigação das propriedades biológicas dessa espécie, pois na literatura os estudos sobre as atividades biológicas de Cecropia pachystachya ocorrente na APA do Delta do Rio Parnaíba ainda são incipientes.