DESENVOLVIMENTO DE UM MÉTODO ELETROLÍTICO EM ESCALA PILOTO INDUSTRIAL PARA OBTENÇÃO DE ANTIOXIDANTE A PARTIR DO LÍQUIDO DA CASTANHA DO CAJU.
Anacardium occidentale, LCCt, Antioxidante, Eletrólise, Biocombustível.
O objetivo deste trabalho foi desenvolver um método eletrolítico semi-industrial com a finalidade de aumentar a atividade antioxidante de um resíduo industrial da cadeia produtiva da castanha de caju, o Líquido da Castanha do Caju técnico (LCCt), para aplicação em biocombustíveis. A modificação eletroquímica do LCCt ocorreu em cuba eletrolítica com controle de fluxo de entrada da mistura, da tensão e da corrente elétrica da cuba, produzindo o LCC eletrolisado (LCCe). A metodologia utilizada para analisar a estabilidade oxidativa encontra-se normalizada de acordo com a EN 14112 integrada ao Regulamento Técnico da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP (Portaria ANP 04/2012) que regula a qualidade do biodiesel no país e estabelece um Período de Indução (PI) de no mínimo 6 horas. Foi realizado o teste de estabilidade oxidativa para o biodiesel sem antioxidante (B100), o B100 e o B100 com 5.000 ppm de LCCe. O processo de eletrólise confere atividade antioxidante superior para o B100 contendo 5.000 ppm de LCCe (7,41h) quando comparado ao B100 (3,37h). Os valores do PI do LCCe foram superiores ao exigido pela ANP. O processo eletrolítico para a produção do LCCe é uma ferramenta viável para a obtenção de um novo antioxidante para biocombustível a partir de um produto exclusivamente vegetal, biodegradável e de fonte regional. Este confere vantagens sobre os outros aditivos sintéticos utilizados, considerados poluentes, além disso, o LCCe possui menor custo de produção.