ESTUDO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTINOCICEPTIVA DA EPIISOPILOTURINA, UM ALCALÓIDE IMIDAZÓLICO ISOLADO DE Pilocarpus microphyllus (Stapf ex Wardleworth), EM CAMUNDONGOS.
Anti-inflamatório, Antinociceptivo, Epiisopiloturina, Pilocarpus microphyllus.
A incidência crescente de efeitos colaterais graves provocados pelo uso dos medicamentos antiinflamatórios não esteroidais (AINES) para tratar doenças inflamatórias representa sério problema de saúde pública, motivo pelo qual vem crescendo o interesse pelo uso dos fitoterápicos por acreditarem que possam ser mais seguros e possuírem menos efeitos colaterais. Desta forma, nos últimos anos, tem se evidenciado um crescente interesse em estudar as propriedades medicinais de plantas preconizadas pela medicina popular como forma de validar a sua possível utilização como fitoterápico seguro, eficaz e com menos efeitos colaterais do que medicamentos convencionais já utilizados, contando com o auxílio das técnicas modernas de farmacologia, biologia molecular e toxicologia para que tal investigação tenha fundamentação científica (SIMÕES, 1999; CALIXTO, 2000). Neste contexto, os alcalóides imidazólicos oriundos de plantas medicinais têm se destacado por apresentarem potencias efeitos tais como: antifúngico, antibacteriano, antiinflamatório, analgésico, antitubercular, antidepressante, anticâncer, antiviral e antileishmania. O presente estudo objetiva investigar a potencialidade farmoquímica do alcalóide imidazólico epiisopiloturina oriunda de Pilocarpus microphyllus na inflamação periférica aguda e nos processos analgésicos induzidos pela injeção intraplantar e intraperitoneal de diferentes agentes flogísticos. Para verificar a atividade anti-inflamatória, camundongos Swiss machos (25-30) serão submetidos ao modelo de edema de pata induzido pela injeção intraplantar de diferentes agentes tais como: sulfato de dextran, bradicinina, serotonina, histamina e prostaglandina- E2, além disso, serão submetidos ao ensaio para mieloperoxidase, peritonite (contagens totais e diferenciais dos leucócitos) e dosagem de citocinas (TNF-α e IL-1β). Para analisar a atividade antinociceptiva, os animais serão submetidos ao teste de contorção abdominal induzida por ácido acético, teste de placa quente, formalina e avaliação da atividade motora, além disso, será verificada a possível participação da via opióide em tal atividade antinociceptiva. Com isso, espera-se evidenciar e confirmar a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva da epiisopiloturina em camundongos, bem como demonstrar se a via opióide também é participante do mecanismo antinociceptivo.