Introdução: A nimesulida, uma sulfonamida que pertence à classe dos medicamentos conhecido como anti-inflamatórios não esteróidais (AINEs), amplamente utilizado em diversos países, possui uma ação de inibição preferencial sobre a cicloxigenase-2 (COX-2). Tem sido bastante estudado devido os seus efeitos colaterais, principalmente relacionado a sua toxicidade no tecido hepático, embora o mecanismo de como tal efeito ocorre ainda não ter sido elucidado. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo averiguar a participação da via PI3/QUINASE GAMA no processo de lesão hepática induzido por nimesulida em camundongos. Métodos: Para os estudos farmacológicos de pradonização foram usados camundongos Swiss machos pesando entre 25-30g, sendo divididos em grupos de 5-8 animais. Em seguida os camundongos receberam nimesulida na dose de 100mg/kg duas vezes ao dia durante cinco e dez dias e outros grupos tratados apenas com salina + Tween 20. Após o quinto e o décimo dia de indução da lesão por nimesulida,
os animais foram eutanasiados e o fígado foi retirado para avaliação dos escores microscópicos de lesão, peso úmido e dosagens bioquímicas como: mieloperoxidase, interleucina 1 beta, fator de necrose tumoral alfa, glutationa, ácido malonildialdeído, nitrato/nitrito, além de marcadores de função hepática, alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase (AST) e bilirrubina. Aquele dia que obter o padrão de lesão mais satisfatório passará para a próxima etapa que será administrando um antagonista da via PI3/Quinase gama, AS605240 (Sigma-Aldrich®), 1 hora antes e 30 minutos depois de cada administração de nimesulida. Resultados prévios: O tratamento dos animais com nimesulida na dose de 100mg/kg demonstrou um padrão bastante satisfatório de indução da lesão hepática, tanto no final do quinto dia, como no final do décimo dia, demonstrando um aumento significativo de todos os testes bioquímicos avaliados até o presente momento, como os marcadores de migração de leucócitos definido pela mieloperoxidase e marcadores de estresse oxidativo in vivo (ácido malonildialdeído e glutationa). Conclusão: Os resultados prévios obtidos neste estudo demonstraram uma tendência ao efeito colateral da nimesulida, mostrando de forma satisfatória os parâmetros envolvidos na lesão hepática no modelo em camundongos. Sugerindo, desta forma, uma relação deste medicamento com o aumento da migração celular e também o estresse oxidativo nos locais da lesão. De fato, mais testes são necessários para uma elucidação melhor. Isto permite sugerir que podemos averiguar a participação da via PI3/quinase gama durante o processo inflamatório no fígado.