Na era contemporânea, o contínuo processo de urbanização e industrialização tem acarretado na crescente liberação de poluentes no meio ambiente, desencadeando sérios desafios relacionados à qualidade da água e à saúde pública. Diante desse cenário, a fotocatálise surge como uma abordagem altamente promissora para a remoção de poluentes orgânicos de águas residuais, representando um campo de pesquisa em constante evolução. Neste estudo, investigamos minuciosamente o impacto da adição de goma de mandioca em diferentes proporções ao TiO2 nas propriedades morfológicas, estruturais, térmicas, ópticas e fotocatalíticas do material. Os resultados revelaram a presença de picos característicos do TiO2 nos difratogramas de raios-X (DRX) dos fotocatalisadores, enquanto as análises de espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR) confirmaram a presença das bandas associadas a ambos os materiais. As micrografias de microscopia eletrônica de varredura (MEV) corroboraram a incorporação efetiva da goma de mandioca nas estruturas do TiO2. Além disso, observou-se uma redução no valor do band gap quando a goma de mandioca foi introduzida, em comparação com o material de referência. Os estudos fotocatalíticos realizados evidenciaram que a amostra TiO2-C1.0 apresentou a maior eficiência na remoção de Ciprofloxacina (10 ppm). Testes com supressores indicaram que o buraco (h+) desempenhou um papel preponderante no processo de degradação do fármaco. Esses resultados apontam para o impacto substancial da goma de mandioca nas propriedades do TiO2, destacando seu potencial promissor na descontaminação de águas residuais