CARACTERIZAÇÃO DE BLENDAS DE PHB/PP-g-AM E BIONANOCOMPÓSITOS DE PHB/PP-g-AM/VERMICULITA
blendas, bionanocompósitos, PHB, vermiculita.
O presente trabalho desenvolveu um estudo sobre a blenda polimérica de Polihidroxibutirato/ Polipropieleno grafitizado com anidrido maleico (PHB/PP-g-AM) e bionanocompósitos com nano carga de vermiculita (VMT). Os principais objetivos desta pesquisa foram estudar a compatibilização da blenda PHB/PP-g-AM e a influência da incorporação da VMT para produção de bionanocompósitos. As blendas foram obtidas nas composições 97,5% PHB e 2,5 % PP-g-AM (BL25) e 95% PHB e 5% PP-g-AM (BL50), e os bionanocompósitos em composições de 92% PHB, 5% PP-g-AM e 3% VMT (BIO50) e 94,5% PHB, 2,5% PP-g-AM e 3% VMT (BIO25). Os sistemas foram preparados em extrusora monorosca e conformados pela técnica de intercalação por fusão. Todos os sistemas foram caracterizados pelas técnicas de difração de raios X (DRX), espectroscopia na região do infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), termogravimetria (TG), calorimetria exploratória diferencial (DSC), microscopia ótica (MO) e análise macroscópica. Os resultados obtidos por DRX permitiram observar o processo de organofilização da VMT com o sal estearil dimentil amônio, verificando aumento da distância interplanar basal e comprovando a intercalação do sal nas camadas de argila, resultado corroborado por FTIR. Para blendas e bionanocompósitos a técnica de DRX verificou melhor compatibilização em BL25 em relação as blendas e para os bionanocompósitos melhores resultados para BIO50, pois apresentaram maior distância interplanar basal e diminuição do grau de cristalinidade verificado por DSC. Não foi possível observar mudanças significativas nos resultados das análises do FTIR para blendas e bionanocompósitos. A análise térmica por TG e sua derivada evidenciou comportamento similar ao PHB puro tanto para blendas quanto para os bionanocompósitos, com apenas um pico mais acentuado de degradação e picos menores referentes da degradação do PP-g-AM e da VMT. Bem como, observou-se que tanto as blendas quanto para os bionanocompósitos agravaram a estabilidade térmica do PHB e obtiveram menores perdas de massa, principalmente para os bionanocompósitos. Os resultados de DSC mostraram diminuição da temperatura de fusão para todos os sistemas, embora minimamente, corroborando a análise de TG quanto a diminuição da temperatura de degradação. Também foram realizadas análises macroscópicas e microscopia ótica, onde pode-se perceber que o escoamento dos grãos por prensagem a quente procedeu-se do centro para as extremidades. A microscopia ótica revelou a forma de dispersão da VMT, sendo possível verificar que esta dispersão não foi homogênea.