Nos últimos anos uma maior demanda por fontes alternativas para a produção de filmes poliméricos para diferentes aplicações vem impulsionando pesquisas relacionadas à viabilidade de utilização do amido. Neste contexto, o amido de milho (AM) tem sido investigado devido a sua abundância e diversidade de aplicações, e mais recentemente o amido do mesocarpo de babaçu (AB) vem sendo explorado quanto ao potencial de formação de filmes biodegradáveis. Dentre as duas fontes destacadas, o amido nativo do babaçu poderá estabelecer competitividade em escala industrial após estudos mais amplos quanto à sua estabilidade térmica, química e capacidade para formação de novos materiais. Este trabalho tem como objetivo extrair o amido contido no mesocarpo do babaçu e compará-lo ao amido de milho comercial quanto a morfologia, grupos funcionais, composição química e estabilidade térmica e viabilidade para formação de filmes poliméricos. O amido de babaçu apresentou proporções mais altas de lipídios e proteínas do que o amido de milho. De acordo com as micrografias, os grânulos do amido do mesocarpo de babaçu apresentaram forma oval e alguns com superfícies descamadas e fraturadas. Já os grânulos do AM exibiram formas poligonais com superfícies lisas e sem agregados. A técnica de DRX revelou dois tipos diferentes de formas cristalinas para ambos os amidos. Quanto ao comportamento térmico dos amidos, o AB apresentou etapa única de degradação, menor quantidade de massa residual, menor temperatura de gelatinização e maior entalpia de gelatinização e de degradação em relação ao amido comercial. As análises confirmaram e acrescentaram informações sobre a caracterização do amido do mesocarpo de babaçu, que serão tomadas como parâmetros para o desenvolvimento de embalagens para alimentos.