BIONANOCOMPÓSITOS DE POLI (3-HIDROXIBUTIRATO-CO-3-HIDROXIVALERATO) E VERMICULITA: ESTUDO DA BIODEGRADAÇÃO E DO POTENCIAL DE APLICAÇÃO COMO EMBALAGEM ALIMENTÍCIA
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Vários estudos já demonstraram um amplo campo de aplicações da nanotecnologia principalmente na área de ciência e tecnologia de polímeros. Por serem materiais práticos e descartáveis, o seu acúmulo pós-consumo ocasionou o início de inúmeros problemas ambientais. Assim, os polímeros biodegradáveis atualmente estudados visam a substituição dos polímeros sintéticos em diversas aplicações. Apresentam algumas limitações como o auto custo de produção, porém uma alternativa viável é a incorporação de nanocarga, como a argila, à matriz polimérica para a produção de bionanocompósitos. Desta forma, o objetivo deste estudo foi desenvolver, através de intercalação por fusão, bionanocompósitos de poli(3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato) – PHBV e argila vermiculita na forma natural e organofilizada, caracterizar estes sistemas e o polímero puro quanto a estrutura e morfologia, estudar sua biodegradabilidade e avaliar o potencial que os mesmos apresentam para aplicação como embalagem alimentícia. Os bionanocompósitos foram produzidos na forma de filmes e em seguida caracterizados por meio das técnicas de espectroscopia no infravermelho por transformada de Fourier (FTIR), difração de raios-X (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia óptica (MO), termogravimetria (TG) e calorimetria exploratória diferencial (DSC). Os sistemas também foram submetidos ao teste Sturm e teste de migração. Estes bionanocompósitos apresentaram boa intercalação entre a argila e o polímero, assim como do sal quaternário de amônio na argila segundo resultados de FTIR e DRX, corroborados por MEV e MO. Pouca diferença na estabilidade térmica dos sistemas em relação ao polímero puro foram observados por TG e DSC. Foi evidenciada uma elevada biodegradabilidade dos sistemas semelhante a do PHBV puro e observou-se um resultado convincente para seu potencial de aplicação como embalagem alimentícia. Desta forma, os bionanocompósitos elaborados podem ser uma alternativa a substituição de polímeros sintéticos na indústria como embalagens alimentícias, sendo necessário ainda estudos mais específicos.