FOSFATAÇÃO DA CELULOSE PARA REMOÇÃO DE CORANTE CATIÔNICO DE MEIO AQUOSO
Celulose, modificação, fosfatação, adsorção.
Neste estudo a celulose foi quimicamente modificada através da adição do agente fosfatante ácido metafosfórico à celulose (Cel-AMF). Os materiais, natural e sintetizado, foram caracterizados por difratograma de Raios-X, infravermelho, ressonância magnética nuclear de fósforo-31 e termogravimetria. Através do infravermelho observa-se uma banda em 1278 cm-1 referente ao estiramento de éster fosfato P=O comprovando o sucesso das reações. Os difratogramas de raios-X mostraram a permanência da estrutura cristalina da celulose, pois as orientações dos planos cristalográficos mantiveram-se constantes. Na ressonância magnética nuclear de fósforo-31 no estado sólido comprovou-se a presença de fósforo no material sintetizado pelo sinal em torno de 5,4 ppm. As curvas termogravimétricas e suas derivadas mostraram os perfis de decomposição dos materiais, a celulose pura apresentou perca de massa no intervalo de 278 a 400 ºC com degradação de aproximadamente 100%, já a Cel-AMF apresentou quatro eventos de perda de massa. A capacidade dos materiais foram avaliadas, a celulose pura apresentou capacidade máxima de adsorção de 90,5 mg g-1, em pH 10 e tempo de contato de 40 min, suas isotermas experimentais ajustaram-se melhor ao modelo de Langmuir. A CEL-AMF apresentou tempo de contato de 10 min, pH 10, e capacidade máxima de adsorção de 150,0 mg g-1, ajustando-se melhor ao modelo de Temkin. O estudo cinético de ambos seguiu o modelo pseudo-segunda ordem, comprovando que a modificação ocorreu com sucesso e que ambos os adsorventes mostraram-se hábeis para a remoção do corante verde brilhante, porém a Cel-AMF é mais eficiente para tal finalidade quando comparado com a celulose pura.