A impressão 3D surge como alternativa tecnológica relevante, sendo empregada em diversos segmentos como robótica, biomedicina, construção civil, agricultura, dentre outros. Em especial, a manufatura aditiva que utiliza filamentos poliméricos vem despertando interesse no segmento de purificação de água, devido à possibilidade de construção de membranas com geometrias complexas, rapidez de prototipagem e ser de baixo custo. O presente estudo teve como objetivo produzir filamentos poliméricos para impressão 3D FDM (Fused Deposition Modeling), empregando carvão ativado, óxido de magnésio (MgO) e biocida comercial, com o propósito de aplicação em membranas destinadas a sistemas de tratamento de água. O processo de formação inicial dos filamentos contendo os aditivos citados, sendo o óxido de magnésio anteriormente associado ao carvão ativado, foi realizado via extrusão em equipamento monorosca. Posteriormente, os aditivos e os filamentos foram caracterizados via difratometria de raios X (DRX), que indicou alterações estruturais das partículas de óxido de magnésio devido a impregnação com carvão ativado, além de comprovar a incorporação bem sucedida à matriz polimérica. A termogravimetria (TGA) indicou que os filamentos contendo óxido de magnésio tiveram acelerados os processos degradativos. Alterações nas temperaturas de transição vítrea (Tg), fusão cristalina (Tm) e cristalização (Tc) foram observadas para as composições em comparação a blenda comercial pura. Além disso, as propriedades mecânicas indicaram alterações para a rigidez e resistência das composições impregnadas. Os testes de densidade não revelaram variações relevantes entre o Ecovio puro e as composições desenvolvidas. Por fim, o teste de absorção de água demonstrou que a composição contendo apenas óxido de magnésio absorveu a maior quantidade de água, enquanto houve uma redução nas composições impregnadas. Conclui-se, portanto, que os filamentos obtidos são adequados para a produção de membranas destinadas ao tratamento de água.