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Banca de QUALIFICAÇÃO: JÂNIO JORGE VIEIRA DE ABREU

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÂNIO JORGE VIEIRA DE ABREU
DATA: 28/01/2016
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de defesa do PPGEd
TÍTULO:

MASCULINIDADES NA CULTURA ESCOLAR DOS CURSOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM NÍVEL MÉDIO E SUPERIOR DESTINADOS À EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE TERESINA – PI (1996-2014)


PALAVRAS-CHAVES:

Masculinidades. Formação de Professores. Educação de Crianças.


PÁGINAS: 179
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Educação
SUBÁREA: Tópicos Específicos de Educação
ESPECIALIDADE: Educação Pré-Escolar
RESUMO:

O presente estudo tem como objetivo analisar as masculinidades na cultura escolar dos cursos de formação de professores em nível médio e superior destinados à Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental de Teresina – PI (1996-2014) buscando compreender como se constroem e reconstroem as masculinidades na cultura escolar desses cursos e das instituições formadoras de Teresina-PI/Brasil. Apresento como quadro conceitual básico para a pesquisa, os estudos e pesquisadores do campo da Educação e da História Cultural, entre outros: Pierre Bourdieu (1999); Roger Chartier (1990); Joan Scott (1990); Robert W. Connell (1995); Norbert Elias (1994); Ecléa Bosi (1994); Daiane Antunes Vieira Pincinato (2007), Dominique Júlia (2001); Antonio de Pádua Carvalho Lopes (1999); Sônia Kramer (2007) e Anamaria Gonçalves Bueno de Freitas (1995). Como suporte teórico para os procedimentos metodológicos da pesquisa, estou recorrendo aos estudos e documentos de história e memória. Identifiquei 8 instituições que oferecem formação para a Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental em Teresina. Destas, realizei entrevistas utilizando a técnica história de vida com 12 estudantes da Universidade Estadual do Piauí e 10 estudantes da Faculdade Santo Agostinho, totalizando 22 sujeitos. Além dos estudantes, realizei entrevistas com as coordenadoras e 2 professoras de cada curso. Com o estudo teórico, o mapeamento e levantamento realizado nas instituições e as entrevistas realizadas cheguei às seguintes conclusões parciais: perfil – os estudantes têm idade entre 18 e 57 anos; cor parda e negra; são oriundos de famílias de classes populares com baixa renda e com pouca ou sem escolaridade; estudaram em escolas públicas e particulares, mas estão em cursos gratuitos ou financiados; não escolheram o curso como primeira opção, no entanto, estão convictos de que fizeram a melhor escolha; sofreram diversos tipos de preconceitos, especialmente em relação à escolha pelo curso; são masculinos de orientação hetero e homossexual. Diversos fatores contribuíram para a presença ou pouca presença dos homens nos referidos cursos e que repercutem no magistério, entre eles: os bons resultados obtidos com o trabalho das mulheres; o afastamento em decorrência dos baixos salários; a ampliação do mercado de trabalho para os homens e o aumento da carga-horária de trabalho no magistério. Em síntese, todos esses fatores podem ser atribuídos à transformação de valores de uma sociedade patriarcal e androgênica possibilitando mais espaço para as mulheres na sociedade em contradição com a desvalorização do magistério e uma concepção de homem provedor. A relação entre os homens e o magistério, historicamente marcada pela presença, pouca presença ou até pela ausência dos homens em determinados níveis de ensino ou de formação é dimensionada por concepções de educação e fatores econômicos e sociais que ora os estimula à inserção e ora os força à evasão. Portanto, em muitas situações, a feminização dos cursos, simbolicamente, pode significar uma desmasculinização do magistério. Com relação à formação dos homens para educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, quando se pensa a prática de estágio e, mais especificamente, quando se pratica, surgem mais que desafios, revelam-se as limitações. Para quaisquer outros níveis ou modalidades de ensino o trabalho docente exige uma formação pautada no conhecimento técnico e específico ou conteúdo das diversas áreas de conhecimento, mas não ultrapassam o âmbito escolar ou acadêmico. Quando se exige cuidados básicos essenciais, ou seja, práticas que não só educam, mas também cuidam, extrapola-se a dimensão cognitiva e/ou educativa porque cuidar de uma criança exige habilidades que ainda não são incluídas nos currículos dos cursos de formação de professores destinados à Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1167670 - MARIA DO CARMO ALVES DO BOMFIM
Interno - 1168265 - ANTONIO DE PADUA CARVALHO LOPES
Interno - 1167868 - ANTONIA EDNA BRITO
Interno - 2175251 - JOSANIA LIMA PORTELA CARVALHEDO
Externo ao Programa - 2335100 - CLAUDIA CRISTINA DA SILVA FONTINELES
Externo ao Programa - 2174309 - PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO
Externo à Instituição - MARCELO DE SOUSA NETO - UESPI
Notícia cadastrada em: 22/01/2016 12:32
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